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Mais do mesmo

Por Cláudio Prisco Paraíso
07/11/2024 - 08h54

Pelo visto, Jair Bolsonaro não aprendeu com os erros do segundo turno. O PL disputou em nove capitais. Perdeu em sete e só ganhou nas duas menos representativas.
Isso porque partiu para uma queda-de-braço contra aliados como Ratinho Júnior, governador reeleito no Paraná, na disputa pela capital Curitiba. Ali, inclusive, Jair Bolsonaro indicou um correligionário, Paulo Martins, de vice, mas deu um cavalo de pau e resolveu fechar com a jornalista Cristina Graeml.
Em Goiânia, outro parceiro, Ronaldo Caiado, igualmente reeleito em Goiás, conseguiu fazer prevalecer o seu candidato.
Duas derrotas desnecessárias em relação a dois governadores que o apoiaram lá em 2018, quando inclusive se elegeram governadores do Paraná e de Goiás.
Depois, também estiveram com Jair Bolsonaro na sua gestão à frente da Presidência da República. Em 2022, se reelegeram e, igualmente, estiveram com Jair Bolsonaro, que foi derrotado nas unas por Lula da Silva.

Na contramão

Agora, mais do que nunca, era a hora de buscá-los, procurá-los para encontrar convergências nas candidaturas. Mas o caudilho partiu para o enfrentamento. E deu no que deu. Não bastasse essa derrapada, Bolsonaro agora parte para um outro deslize.

Pinus elliotti

Em entrevista, semana passada, à Revista Veja, o ex-presidente declarou em alto bom som: “O candidato sou eu, e apenas eu.” Ele estava se referindo à disputa presidencial de 2026, quando Caiado já se apresentou como pré-candidato. Ratinho Júnior examina a possibilidade.

Vice

Romeu Zema, que também está no segundo mandato em Minas Gerais, é um nome que até se oferece para compor de vice. E todos sabem que a preferência de Bolsonaro é por Tarcísio de Freitas, mas ele chega e diz que “o candidato sou eu.”

Locomotiva

Tarcísio de Freitas, que já estava inclinado em buscar a reeleição em 2026, à frente do maior estado brasileiro, mais do que nunca está focado nesse projeto.

Ledo engano

Evidentemente, Bolsonaro imagina que Tarcísio de Freitas vai dar uma de Fernando Haddad que, lá em 2018, sem mandato, na sombra, no sereno, se apresentou como vice de Lula da Silva, que estava preso.

Errou

Mas Lula estava apostando que seria libertado. Não foi. Haddad virou candidato. Tarcísio, hoje administrando São Paulo, vai se colocar como vice de Bolsonaro para de repente, ou muito provavelmente, assumir a candidatura à Presidência? Mas se viesse a ocorrer alguma coisa?

Margem de segurança

Evidentemente que a sua declaração nos últimos dias, dizendo que vai permanecer no Republicanos, é a maior demonstração de que ele não vai embarcar nessa canoa furada.

Nome

Ele se posicionando como candidato à reeleição, confirmada a inelegibilidade de Bolsonaro, quem Bolsonaro vai apoiar? Certamente não vai ser Caiado. Sobretudo depois de tudo que o ex-presidente falou de Caiado.

Câmara Alta

O PSD não deve lançar Ratinho Júnior. O paranaense deve concorrer ao Senado. Já Romeu Zema estava na expectativa de ser vice de Tarcísio, mas daqui a pouco pode compor chapa com Caiado.

Família

E quem Bolsonaro vai respaldar? Vai lançar a mulher Michelle, o primogênito Flávio; o filho do meio, o vereador Carlos Bolsonaro, da capital fluminense; ou o caçula Eduardo, deputado federal de São Paulo?

Plantar e colher

O fato é que Bolsonaro está plantando e semeando o que tem tudo para colher lá à frente, que é um desastre completo. Isso abre espaço, inclusive, para que o celerado Paulo Marçal venha daqui a pouco se apresentar como candidato pela direita. E não será surpresa se o abestalhado ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, vier a apoiá-lo.

História recente

Por Cláudio Prisco Paraíso
06/11/2024 - 08h33

Vamos refrescar a memória, quando Jorginho Mello ainda era candidato do PL ao governo do estado. Ele já tinha alinhavado uma coligação com o PTB do então deputado Kennedy Nunes, que seria candidato ao Senado. 

Mas, como Jair Bolsonaro de cima para baixo, veio com outro nome, o então Senador precisou puxar o freio de arrumação. Tratava-se, há época, de Jorge Seif que foi secretário da Pesca de Bolsonaro e considerado o 06, tamanha a proximidade com o ex-presidente.

Com Seif indicado ao Senado, Jorginho tentou emplacar Kennedy como vice, mas ele declinou. Acabou concorrendo ao Senado em dobradinha com Esperidião Amin. Foi aí que Jorginho Mello, mais uma vez, fez uma investida na direção de Amin, com quem já havia conversado quando Kennedy  Nunes estava fechado com ele. Isso antes do advento chamado Jorge Seif. 

Oponentes

Mas não teve jeito. Esperidião Amin insistiu até o fim pela candidatura. Ocorreu, então, que Jorginho Mello foi literalmente sozinho para a disputa. Buscou Marilisa Bohem em Joinville. Ela uma delegada aposentada que compôs de vice.

Digerindo

É possível perceber que até hoje Jorginho Mello não absorveu bem essa situação com Esperidião Amin, que não veio para um acordo. Inclusive, Jorginho ofereceu para Angela Amin, ou até mesmo para o então deputado João Amin, a condição de vice. 

Tiro n’água

Mas Esperidião Amin acreditava que a reeleição, tanto da mulher à federal quanto a do filho à Assembleia seria mais fácil com ele concorrendo ao governo do estado.

Enrosco

O que se revelou um equívoco. Se tivesse coligado com Jorginho, Angela hoje seria vice-governadora e muito provavelmente o filho continuaria estadual. E é justamente na Assembleia que reside o problema da convivência do PP em Santa Catarina.

Tripé

Os três deputados do PP, José Milton, Pepê Colaço e Altair Silva, não é de hoje, reivindicam o comando partidário. 

Nada feito

Mas, tanto Esperidião Amin quanto o secretário-geral do PP Aldo Rosa, resistiram e, inclusive, guindaram à presidência alguém que já havia ocupado o comando do partido em outros tempos, o ex-deputado estadual e federal, Leodegar Tiscoski. 

Opção

Nome que o governador estava raciocinando para colocar no Meio Ambiente e Economia Verde como o segundo espaço do PP no primeiro escalão.

Espaço

O problema é que Sílvio Dreveck, ex-deputado e presidente da Assembleia, já está no Desenvolvimento Econômico Sustentável por indicação da cúpula partidária. 

Bancada

Ocorre que agora os três deputados querem não apenas assumir a proa do PP estadual no próximo biênio, mas também querem fazer a indicação de um novo nome ao governador.  Que não seria Leodegar Tiscoski.

Caseiro

Evidentemente que o governador vai mandar a bancada e a executiva chegarem ao entendimento. Só então vai nomear mais um integrante do PP. 

Trio

Sempre lembrando que o governador precisa dos três votos do PP na Assembleia dentro desse acordo que começa pelo MDB, que também terá um reforço de representação no colegiado.

Nomes

Tem hoje Jerry Comper na Infraestrutura e terá Antídio Lunelli ou Volnei Weber na Agricultura e, ainda, Carlos Chiodini na Casa Civil ou na Secretaria de Portos e Aeroportos. Esse grande entendimento na composição do governo, reforçando os espaços de MDB e do PP, tem como objetivo final o compromisso com a reeleição de Jorginho Mello em 2026. Mas também passa pelo dia 1º de fevereiro, data da eleição da nova mesa diretoria da Alesc.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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