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Definição estadual atrelada à nacional

Por Cláudio Prisco Paraíso
08/11/2025 - 08h24

Nas eleições de 2022, foram registradas e homologadas cinco candidaturas conservadoras para o governo do estado. E quem carimbou o passaporte ao segundo turno, para enfrentar o candidato do PT, Décio Lima, foi o liberal Jorginho Mello.

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Pela estrada ficaram Gean Loureiro, Esperidião Amin, Carlos Moisés e Odair Tramontin. Para 2026, temos a perspectiva de apenas duas candidaturas. Jorginho Mello, naturalmente, é candidato à reeleição.
E o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que sinaliza a disposição de enfrentar o atual mandatário nas urnas. Aliás, em 2022, o pessedista já havia ameaçado uma candidatura, mas acabou recuando. Em 2026, Rodrigues ficará na dependência do panorama nacional.
Hoje nós temos quatro governadores que se colocaram para a disputa presidencial. Embora Tarcísio de Freitas negue e garanta que vá à reeleição em São Paulo, seu nome está posto. Assim como o de Romeu Zema, pelo Novo de Minas Gerais; Ratinho Júnior, pelo PSD do Paraná; e Ronaldo Caiado, pelo União Progressista de Goiás.

Pivô

Os últimos três já estão cumprindo o segundo mandato, diferentemente de Tarcísio.
E o reflexo desse desfecho de candidatura conservadora à Presidência em Santa Catarina? Se o governador de São Paulo for o candidato, os outros três desistem e o respaldam. Talvez um deles possa até vir a compor de vice.

Liberal

Tarcísio, hoje filiado ao Republicanos, mas que poderia concorrer pelo PL.
Independentemente do desfecho, para Jorginho Mello seria perfeito, porque ele controla o Republicanos no estado. O partido virou uma extensão do PL, que é presidido pelo governador. Então essa solução seria perfeita para Jorginho.

Tripé

Agora, na eventualidade dele não renunciar e buscar a recondução no maior estado da federação, aí o quadro se altera substancialmente porque os outros três poderiam ir para a disputa nacional, e aquele que obtiver a maior votação receberia o apoio dos outros para enfrentar Lula da Silva no segundo turno.

Palanques

No caso, Ratinho Jr. teria que ter o palanque de João Rodrigues em Santa Catarina, assim como Romeu Zema o de Adriano Silva, prefeito reeleito de Joinville, que deseja completar o mandato. Mas teria que praticar esse gesto.

Federados

Quanto a Caiado, é fundamental aguardar se efetivamente a federação entre União Brasil e PP será avalizada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Se for, alguém teria que oferecer palanque ao governador goiano.

Procura-se

Mas, quem seria esse nome em SC? Esperidião Amin? Pouco provável. Já disputou a última.
Seria Fábio Schiochett, que é o único deputado federal? A federação conta hoje com seis deputados estaduais. Vicente Caropreso deve se unir ao grupo na janela de março. Seria o sétimo. Nenhum deles, contudo, tem envergadura para uma candidatura a governador. Só se aparecesse algum empresário.

Junção

Mas, também, não está descartada a possibilidade de dois desses três governadores buscarem uma composição.
Por exemplo. Ratinho Júnior e Romeu Zema poderiam formar uma dobradinha.
Nesse caso, o Novo poderia ser levado a coligar-se com o PSD em Santa Catarina para enfrentar Jorginho Mello.
Não havendo essa dobradinha presidencial, com Zema e Ratinho, então SC poderia contar com três candidaturas conservadoras ao governo no próximo ano.

Temperatura em ebulição e subindo

Por Cláudio Prisco Paraíso
07/11/2025 - 08h18

Continua quente o ambiente no Partido Liberal em Santa Catarina. A fervura é absoluta. A quarta-feira foi marcada por mais um dia de troca de acusações, de farpas das mais variadas. Eduardo Bolsonaro, dos Estados Unidos, voltou a criticar Ana Campagnolo. Ela retrucou. Na tribuna do Senado, Jorge Seif também acionou a metralhadora giratória contra a deputada estadual recordista de votos.

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Resumidamente, o senador disse que muita gente que foi eleita na onda Bolsonaro hoje se insurge, caracterizando traição, e daí por diante. Já Esperidião Amin, sempre muito cauteloso e sereno, reafirmou sua recandidatura ao Senado e disse contar com a simpatia de Jair Bolsonaro. Mas, no PL, o modus operandi é esse mesmo. É algo frenético, onde o comportamento, além de descompensado, é descontrolado.

Simplicidade

A leitura mais simplista, diante desse quadro belicoso, dá conta de que o PL pode sair enfraquecido disso tudo. Bobagem. Na verdade, estão ocupando espaços generosos na mídia. Porque lá na frente, no apagar das luzes das convenções homologatórias, os liberais, inapelavelmente, vão estar unidos.

Espelho

Isso sempre ocorreu, por exemplo, com o MDB, tanto no plano nacional quanto no contexto estadual. A diferença em relação ao PL é que os liberais são mais fervorosos. O que deveriam estar discutindo em salas fechadas, mesmo que isso viesse a vazar, eles discutem publicamente. Mas estão na mídia, estão capitalizando e futuramente vão potencializar.

Timidez

Em meio a tudo isso, onde está a esquerda? Sumida. Apenas o presidente do PT, Fabiano Da Luz, aproveitou para criticar a vinda de Carluxo, tentando pegar uma beiradinha. Fora o PT e as esquerdas, existe apenas a pré-candidatura — que até hoje não ficou de pé — de João Rodrigues.

Perfil

O oestino deu uma mergulhada, de novo, depois da desastrosa declaração de que não desejava o MDB na sua coligação. Ele não tem ninguém, nem o PSD inteiro, e dispensou os emedebistas. Depois dessa pexoteada, aliás, sempre que passa do ponto, João Rodrigues desaparece.

Disputa

Então, no frigir dos ovos, o que transparece é que está todo mundo querendo vaga na chapa do PL. E quem a lidera, Jorginho Mello, candidato à reeleição, já sinalizou que a vice é do MDB. Como também já deixou claro que uma vaga ao Senado é da União Progressista.

Amplitude

Jorginho se elegeu sozinho, sem nenhuma coligação, em 2022. Dessa vez, no entanto, deseja tempo de televisão e estrutura partidária. O que o MDB oferece, além do próprio tempo de televisão. Neste aspecto, contudo, se for confirmada a federação União Progressista, os espaços televisivos serão mais generosos.

Potência

Então, o PL, com a máquina partidária de 90 prefeitos, se somar os do MDB, do PP e do União Brasil, chega a 200 mandatários municipais. Ou seja, mais de dois terços dos prefeitos catarinenses. O PL também está no governo, tem a máquina estadual, uma situação absolutamente confortável.

Blablablá

Dito isso, a conclusão lógica é que essa discussão toda poderia ser evitada. Sem dúvidas. Mas o nome do PL, de Jorginho Mello, está na mídia. Está com visibilidade.

Liberais

Eventualmente, poderá surgir mais uma ou duas candidaturas conservadoras: de João Rodrigues pelo PSD e de Adriano Silva pelo Novo. Isso na hipótese de Romeu Zema e Ratinho Júnior concorrerem à Presidência. Ok, mas a coligação forte estará sendo liderada pelo PL. Simples assim.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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