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MDB nas asas do governador

Por Cláudio Prisco Paraíso
24/01/2024 - 09h22.Atualizada em 24/01/2024 - 09h23

Jorginho Mello realiza, na segunda quinzena de fevereiro, mais uma incursão internacional. Desta vez, viajará para os Emirados Árabes. Vai em busca de investimentos do exterior para Santa Catarina nas mais variadas áreas de atuação. 

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SC, que tem um potencial turístico indiscutível e um parque industrial considerável. O litoral é cortado por portos e aeroportos, existe qualidade da mão de obra, economia diversificada num Estado essencialmente empreendedor, exportador e foi colonizado por europeus: italianos, açorianos e alemães. É um estado padrão e um dos melhores do Brasil.

A agenda internacional também permitirá a segunda interinidade da vice-governadora, Marilisa Bohem. Ela assumiu pela primeira vez na recente viagem do governador a Buenos Aires para a posse do novo presidente argentino. 

Quem acompanha o governador? Para se ter uma ideia da dimensão da viagem, vão com ele cinco integrantes do primeiro escalão. O presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, foi convidado e confirmou que integrará a comitiva. 

Manda Brasa

Também estarão com Jorginho dois deputados. Coincidentemente, os dois do MDB. O presidente da Assembleia Legislativa, Mauro de Nadal, e Antídio Lunelli. A ausência de De Nadal propiciará a investidura de Maurício Eskudlark no comando do Legislativo. Ele é do PL. 

Tempo e distância

Ambos os emedebistas vão acompanhar o governador. E nada melhor, a história mostra, do que uma viagem internacional para conversarem e tricotarem politicamente. O governador vai realizar outra viagem no segundo semestre. O ano é tipicamente eleitoral, mas a campanha começa a pegar fogo mesmo a partir de agosto. 

Gesto

Antes disso, Jorginho passará o governo para o presidente da Alesc, Mauro de Nadal, assim como já fez com o ex-presidente do TJSC, João Henrique Blasi. 

Preferência

O governador deseja o MDB como parceiro preferencial. Não só em coligações estratégicas já nas eleições deste ano como também no seu projeto de recondução em 2026. 

Capilaridade

O Manda Brasa é o partido com o maior número de prefeitos no estado. Não deve baixar de 80 na próxima eleição. Embora a maioria seja de pequenos e médios municípios, é uma base importante e consolidada, com diretórios nos 295 municípios catarinenses. Uma façanha que nenhuma outra sigla conseguiu alcançar. 

Projeção

O que está raciocinando, Jorginho? O MDB conta com seis deputados estaduais – número que vai subir para sete com a chegada de Egídio Ferrari, de Blumenau -; na Câmara, o partido tem outros três nomes, além da senadora Ivete Appel da Silveira, que era suplente do próprio Jorginho Mello. 

Tacada

O governador, muito astuto, sabe que trazendo o MDB acabará atraindo o PP a reboque. Os progressistas não vão arriscar novo projeto solo como em 2022, quando o partido se deu muito mal. Esperidião Amin ficou em quinto lugar. A sigla não elegeu sequer um parlamentar federal. 

Sintonia

Emplacou apenas três estaduais, trio que está fechadíssimo com Jorginho. Ao PP não restará outro caminho. Até porque Amin seguramente vai buscar a recondução no Senado, onde está com uma atuação extraordinária. 

Sem opção

Sozinho, sem coligação, ficará muito difícil para o PP. Se não for com o PL, o partido coligará com quem, o PSD?
Esperidião Amin sabe muito bem que as principais lideranças pessedistas de Santa Catarina não são confiáveis e que, por outro lado, querem distância dele. 

Confortáveis

O PSD tem três ministérios na hipertrofiada esplanada ministerial sob Lula III. As bancadas do PSD têm votado sistematicamente com o PT, com o desgoverno, sobretudo no Senado.  
O PP, majoritariamente, está com Bolsonaro, com o PL e contra Lula e o PT. 

Força da gravidade

Trazendo o MDB aqui, o PP vem junto. Se facilitar, vem até o PSDB. Quanto ao Republicanos, o partido deve cair nas mãos de um liberal ainda no mês de fevereiro. Trocando em miúdos. O PSD, quando muito, terá o concurso do União Brasil, que está caindo pelas tabelas. 

Triangulação

E o Novo, que receberá o apoio do PSD em Joinville? Os pessedistas também vão indicar a vice de Odair Tramontin em Blumenau. Isso na expectativa de que o Novo apoie – ou até indique o companheiro de chapa de Topázio Silveira Neto (PSD) na Capital. 

Ocasional

Outro aspecto. Esse acordo PSD-Novo é frágil. Até porque o Novo também é contra o desgoverno no âmbito federal. 
Então, essa viagem com dois expoentes do MDB é mais um passo para estabelecer o isolamento do PSD catarinense e fortalecer o projeto de reeleição de Jorginho Mello.

Lula lá, acolá; e aqui?

Por Cláudio Prisco Paraíso
23/01/2024 - 08h02.Atualizada em 23/01/2024 - 08h05

Já estamos caminhando para o final de janeiro. Com a chegada de fevereiro, vem o fim do recesso do Judiciário, a começar pelo STF; e também a retomada das atividades no Congresso Nacional - Câmara e Senado -, bem como o retorno das sessões e trabalhos das comissões permanentes nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores. 

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Enquanto as atividades não são reiniciadas, precisamos acompanhar a peregrinação do atual inquilino do Palácio do Planalto. 

Depois de um 2023 quando esteve por mais de dois meses em viagens ao exterior e em raras incursões nacionais, ele resolve, em 2024, ano tipicamente eleitoral, retomar os périplos pelo país. 
Naturalmente, na semana passada, o petista começou pelos três maiores estados nordestinos, região que assegurou sua vitória contra Jair Bolsonaro lá em 2022. 

São eles, pela ordem, Bahia, Pernambuco e Ceará. 
Assim como lá fora, aqui os brasileiros precisaram acompanhar um espetáculo deprimente. 

Fora do ponto

Lula é alguém que, senil, desorientado, segue dando declarações absurdas, despropositadas. Que poderíamos qualificar como insanas. 

Tiro no pé

Em plena refinaria Abreu e Lima – símbolo do butim à “Petobrais” -, a deidade vermelha resolveu atacar a Operação Lava Jato, que pode ter tido as suas imperfeições, pode ter carregado um pouquinho aqui e ali, mas que desbaratou a quadrilha de corruptos e ladrões insaciáveis. Incluindo ele próprio. Governadores, senadores, empresários, deputados e por aí vai, todos pegos com a mão no baleiro. 

Fênix

Como o STF acabou com a Lava Jato, Lula ressurgiu das cinzas. Ajudado explícita e abertamente pela Justiça Eleitoral, o chefão retornou à Presidência para um terceiro mandato. 

Piloura

Só que ele passou de todos os limites razoáveis, aceitáveis. A ponto de dizer que os juízes e procuradores brasileiros eram subordinados ao Departamento de Justiça dos EUA. Evidentemente, para as autoridades norte-americanas, esse cidadão não passa de um desqualificado, um sujeito agastado pelas suas incontáveis pilouras. 

Na veia

Alguns poucos jornalistas independentes questionaram o governo americano acerca da verborragia lulística. A resposta veio em cópias do acordo de leniência, de delação, da Petrobrás com investidores americanos. 

Troco

A petroleira nacional sofreu um golpe financeiro de quase R$ 7 bilhões em suas operações envolvendo investidores norte-americanos. Precisou comparecer com a metade disso, R$ 3,5 bilhões para ressarcir aqueles que compraram ações da companhia quando ela foi saqueada pelos governos petistas. Convenhamos é quase troco de bala diante daquilo que se imagina que foi a pilhagem aos cofres da companhia. 

Com selo dos EUA

Ou seja, a resposta documentada é o reconhecimento da roubalheira que quase quebrou uma empresa que detém, na prática, o monopólio na exploração e refino de petróleo neste país. Apenas isso. Na medida em que o Departamento de Justiça dos EUA libera a documentação, o batom na cueca, desarma o chefe da Organização. E deixa o líder vermelho envergonhado diante da seríssima acusação de que juízes e procuradores estavam a serviço do Departamento de Justiça do Tio Sam. 

Falastrão

Se Joe Biden não fosse o presidente, isso teria gerado uma grave crise diplomática. Lula dá declarações dessa natureza na maior “naturalidade.” Como se estivesse num boteco com seus camaradas e puxa-sacos. 

Psiquiatria

Trata-se de um sujeito completamente desvairado, fora do seu juízo. Está a envergonhar o Brasil no exterior. 

Plantar e colher

É alguém que precisa de tratamento, de acompanhamento psiquiátrico. Esse é Lula da Silva. Que coloca, com seu desgoverno, o Brasil em descontrole absoluto nos contextos econômico, político, monetário, de política externa e assim por diante. Lula e o PT estão plantando o que eles vão colher nas eleições de outubro deste ano. Em tempo, Santa Catarina segue aguardando a visita de Lula da Silva.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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