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Franco atirador

Por Cláudio Prisco Paraíso
26/01/2024 - 07h49.Atualizada em 26/01/2024 - 07h50

Então, quer dizer que Dário Berger é pré-candidato à prefeitura de Florianópolis. Certo. Ele já foi duas vezes prefeito de São José, transferiu domicílio para a Capital e também conquistou dois mandatos consecutivos por aqui. 

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Depois, elegeu-se senador para o período 2014-2022. Está desde 2023 sem mandato. Pelo visto, a abstinência está levando o ex-emedebista, ex-tucano, ex-pefelista e ex-outros vários partidos a avaliar verdadeiramente uma nova candidatura. 

Dário encontra-se filiado ao PSB, Partido Socialista Brasileiro. Ele, que foi de direita, PFL, agora é de esquerda. Até porque convicção pouca é bobagem. 

Em 2022, o ex-senador tentou a reeleição e ficou em terceiro lugar. Nunca na história de Santa Catarina um representante estadual foi reeleito para a Câmara Alta. 

Nesta sexta-feira, 26, estará em Santa Catarina, coincidentemente ou não, o vice-presidente e também Ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, correligionário de Dário Berger. O ex-governador paulista participará da primeira reunião da diretoria da FIESC em 2024. 

Ao relento

Alckmin, que, aliás, não conseguiu nenhuma posição para Dário no governo federal. O catarinense estava na expectativa de uma boquinha. Afinal, ninguém é de ferro. Mas ficou a ver navios. 

Sextou

Décio Lima, companheiro de chapa do ex-senador em 2022, será o cicerone do vice-presidente na agenda provinciana. 

Sem papo

Fala-se, nos bastidores, que o PT efetivamente não estará com o deputado estadual Marquito Abreu, do PSOL, considerado o nome mais forte das esquerdas na eleição em Florianópolis. 

Sem replay

A expectativa era repetir em Florianópolis o encaminhamento feito na Capital paulista, onde Guilherme Boulos, do PSOL, será candidato, tendo Marta Suplicy, de volta ao PT, de vice. 

Companheiro Berger

Por aqui, o PT sinaliza para candidatura própria. A especulação da vez seria um petista sendo indicado para compor o vice de Dário Berger. Essa chapa (PSB-PT), uma vez consumada, evidentemente que enfraqueceria e muito a candidatura de Marquito. 

Bônus

Isso seria muito interessante para Topázio Silveira Neto (PSD), candidato à reeleição. O prefeito sabe muito bem que o PP vai lançar o ex-vereador Pedro Silvestre, o Pedrão, na cabeça de chapa. O progressista circula na mesma faixa eleitoral do alcaide florianopolitano. 

Pressão vai aumentar

Por Cláudio Prisco Paraíso
25/01/2024 - 08h13.Atualizada em 25/01/2024 - 08h13

O recesso de janeiro encerra-se na próxima quarta-feira, 31. Como o dia 1 de fevereiro cairá numa quinta-feira, dia da semana em que normalmente não acontece nada no Congresso Nacional, os trabalhos começarão, de fato, na semana seguinte.

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Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), já estarão, contudo, semana que vem, em Brasília. E serão cobrados por deputados e senadores pelo silêncio sepulcral após a busca e apreensão determinada pelo déspota Alexandre de Moraes na residência e no gabinete do líder da oposição, Carlos Jordy, semana passada.

Nas dependências da Câmara. Estes dois capachos em potencial silenciaram e nada disseram a respeito de mais esta afronta porque têm uma série de pendências no STF.

Cara de paisagem

Mas não foram só eles. Entre deputados e senadores que a República definha, pouquíssimos foram aqueles que vieram a público condenar mais esse ato de arbítrio e de autoritarismo do presidente do TSE.

Tentáculos

Alexandre não comandará as eleições deste ano, mas influenciou na escolha dos ministros que estarão com a missão, a partir dos próximos meses, de pilotar o processo eleitoral. Mesmo ele estando fora da corte no período eleitoral, continuará com ascendência sobre a maioria dos votos. O que é preocupante para o pleito municipal deste ano.

Autocrata

Antes de falarmos em eleições, contudo, é preciso discorrer um pouco mais sobre Alexandre, o diminuto. Ele se considera o imperador do Brasil.

Conversa mole

O cidadão vem mandando e desmandando mais do que o presidente platonista. O próprio Executivo, a começar pelo Palácio do Planalto, também se torna submisso às suas investidas. Que de democráticas não têm absolutamente nada.

Rasgando a Constituição

Ficam com esse papinho de "estado democrático de Direito". Lorota. O que estamos a acompanhar é a permanente violação da Constituição Federal. Que deveria ser preservada, resguardada e observada antes de mais nada pelo próprio Supremo.

Ao sabor do vento

Os despachos, as sentenças, os encaminhamentos das supremas togas são de acordo com os interesses, as conveniências de momento de Alexandre e sua turma.

Informação privilegiada

Já acompanhamos, semana passada, uma deputada petista de Santa Catarina, declarando que Bolsonaro vai ser preso. No mesmo diapasão, um conhecidíssimo advogado avisando que outros 18 deputados devem ser alcançados pela mão tirânica do imperador.

Carochinha

Independência e harmonia entre os poderes não existem há muito tempo. Essa é a grande realidade.

Censura em tempo real

Agora chegou a cereja do bolo. Alexandre, o diminuto, acertou com a Anatel para, em tempo real, on-line, acompanhar os portais, blogs e sites durante o período eleitoral. Investido de poderes, naturalmente, para derrubar postagens e inserções em tempo real. É a censura 2.0.

Como assim?

O que é isso? Que liberdade é essa? Onde estamos? As principais lideranças que poderiam se posicionar, assim, não o fazem. O Congresso está acovardado. Nem vamos falar deste desgoverno.

Submissão

Até porque a Justiça Eleitoral e o STF ajudaram, primeiro, a tirar Lula da Silva da prisão e a restabelecer seus direitos políticos. Ato contínuo, o TSE teve uma condução totalmente tendenciosa, capciosa durante as eleições de 2022.

Decano falastrão

Não exatamente nestes termos, mas Gilmar Mendes, diretamente de além-mar, declarou, no fim do ano passado, que foi o Supremo que tirou o Lula da cadeia e o devolveu ao poder. Simples assim.

Não é comigo
 
O Executivo tem que submergir e ficar muito quietinho. Agora, o acovardamento do Congresso Nacional é inexplicável. Se é assim, que fechemos para balanço e entreguemos o poder total ao Judiciário, estabelecendo um sistema de governo único. Pronto. E todos serão felizes. Não precisamos de poderes auxiliares ao Judiciário, que se submetam aos seus interesses. O quadro se agrava e os desdobramentos são imprevisíveis.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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