Fechar [x]
APOIE-NOS
Seara/SC
30 °C
17 °C
Início . Blogs e Colunas .Cláudio Prisco Paraíso

O Governo e o Senado

Por Cláudio Prisco Paraíso
18/11/2023 - 14h33.Atualizada em 18/11/2023 - 14h35

Santa Catarina ainda se ressente pela perda de um de seus melhores quadros enquanto gestor, administrador, uma verdadeira reserva moral, Colombo Machado Salles. Ele realizou uma administração inovadora, com o pé no acelerador graças ao seu programa catarinense de desenvolvimento.

Falando em ex-governadores, daqueles que foram eleitos, estão entre nós apenas quatro: Esperidião Amin, Raimundo Colombo, Paulo Afonso Vieira e Carlos Moisés. Jorge Bornhausen, por sua vez, foi eleito indiretamente pela Assembleia.

Normalmente, e não é apenas em SC, o governador acaba sendo eleito senador. O Senado é a Casa revisora, a Casa da federação, da representação dos estados. Ali se reúnem figuras experientes e conhecidas.

Passando em revista a história de Santa Catarina vemos essa clara relação entre Governo e Senado, Senado e Governo.  Vamos começar em 1947 quando Aderbal Ramos da Silva foi eleito governador. Ele não completou o mandato. José Boabaid, presidente da Alesc, o substitui na parte final do mandato.

Fico

Doutor Aderbal nunca quis sair de SC e nem concorrer a outro cargo, portanto não disputou a eleição senatorial. Irineu Bornhausen elege-se governador na sequência. Este veio a ser senador da República.

Tragédia

Em 1955, Irineu elegeu seu candidato ao governo, Jorge Lacerda, que não teve a oportunidade de disputar a Câmara Alta. Ele faleceu em um acidente aéreo em 1958. No mesmo voo estavam Nereu Ramos e o deputado Leoberto Leal. Heriberto Hulse completou o mandato, mas em 1960 o candidato ao governo foi Celso Ramos.

Troco

Dois anos antes ele havia perdido o Senado para Irineu Bornhausen e deu o troco, ganhando o governo. Em 1965 Ivo Silveira foi eleito. Celso Ramos, mais adiante, também se elegeu senador.

Onda Manda Brasa

O mandato de Silveira foi de 1966 a 1971. Em 1974, ele concorreu à Câmara Alta, mas foi derrotado pela onda do MDB, que elegeu senadores por todo o Brasil.

Alto lá

Foi por isso que Ernesto Geisel instituiu a figura do senador biônico na eleição de 1978, quando se renovaram dois terços do Senado. Foi um mecanismo criado para tentar reduzir o prejuízo acumulado em 74 e que só não foi maior porque o governo já saiu com 27 senadores naquele pleito. De SC, o nomeado foi Lenoir Vargas Ferreiras, que cumpriu seu segundo mandato. No primeiro havia sido eleito pelo voto popular.

Radialista

Ivo Silveira perdeu o Senado para Evelázio Vieira, o Lazinho, radialista que havia sido prefeito de Blumenau.

Ação

Depois, o governador foi Colombo Salles, mas quando ele deixou o Executivo não teve a oportunidade de concorrer porque em 1978 a Arena colocou dois deputados federais, Wilmar Dallagnol e Aroldo Carvalho, candidatos ao Senado. Não houve espaço para Colombo, que assumiu o governo para acabar com as oligarquias.

Reação

Em 1978, o governador era Antônio Carlos Konder Reis, representante das famílias tradicionais da política catarinense. Ele havia sido senador duas vezes antes de ser indicado pelo regime militar como governador eleito pela Alesc.

Em família

Foi sucedido também de forma indireta por Jorge Bornhausen, seu primo. Mas esse se elegeu senador duas vezes. Em 1982 e 1998. Em ambas as oportunidades, JKB pegou carona na popularidade de Esperidião Amin, que se elegeu governador nestes dois pleitos.

Sucessão

Na sequência, em 1986 na sucessão de Amin, Pedro Ivo Campos chegou ao governo. Ele foi derrotado para Bornhausen em 1982, mas não teve oportunidade de disputar o Senado. Morreu antes de completar o mandato e foi substituído por Casildo Maldaner, que se elegeu à Câmara Alta em 1994, mesmo ano em que Vilson Kleinübing também chegou lá. O ex-governador havia sucedido o próprio Maldaner no governo.

Deu a letra

Chegamos a 1994 com Paulo Afonso Vieira conquistando o cargo de governador. Terminou o mandato desgastadíssimo e só conseguiu um mandato de deputado federal, saindo da vida eleitoral depois disso.

A volta

1998 marcou o retorno de Amin ao governo que, assim como JKB, elegeu-se duas vezes ao Senado.

História

Luiz Henrique da Silveira foi o primeiro governador reeleito na sequência. Em 2010 chegou à Câmara Alta. Mas morreu no meio do mandato. Raimundo Colombo sucedeu LHS. Também foi reeleito. Foi senador antes de chegar ao Executivo estadual. Colombo tentou outras duas vezes voltar a Brasília. Mas sem sucesso.

Fora da curva

Moisés da Silva, antecessor de Jorginho Mello, não chegou ao segundo turno em 2022 e hoje é cotado para disputar a prefeitura de Tubarão, onde, aliás, terá enormes dificuldades na campanha.

Experiência

O atual governador, Jorginho Mello, também já passou pelo Senado. A esmagadora maioria dos governadores foram senadores.

Marcha-a-ré e acelerando

Por Cláudio Prisco Paraíso
17/11/2023 - 07h58.Atualizada em 17/11/2023 - 07h59

O desgoverno Lula completou 10 meses e meio. Acompanhamos uma façanha atrás da outra. São verdadeiras pérolas. No campo econômico, a ausência de uma política clara. O poste-ministro Fernando Haddad está mais perdido do que cego em tiroteio. Mas a culpa não é somente dele. 

:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui

Não há rumo em nenhum segmento sob Lula III. O chefe da Organização, que alguns chamam de presidente, está completamente senil e fora do juízo. Só alimentando a matilha com discursos dementes em alguns casos e liberando a farra geral sobre os impostos, ou seja, sobre o seu, o meu, o nosso. 

Na gestão de Michel Temer, por exemplo, foi aprovada a Lei das Estatais, que essa turma no comando agora tratou de derrubar. Apenas na Câmara, falta ainda no Senado. Mas já passaram por cima da quarentena obrigatória com Lula empossando dois petistas em setores estratégicos: no BNDES, sob a batuta de Aloizio Mercadante, o lucro líquido do banco registrou queda de quase 50%.

Assim também é na Petrobras, hoje pilotada pelo senador vermelho, Jean Paul Prates. Parece que virou regra, pois a petrolífera adorada pela esquerda também já chega à redução próxima de 50% nos ganhos. O parâmetro de comparação é o mesmo período do ano passado. 

Libera geral

Sem falar no estouro da boiada, na gastança. Evidentemente o chefão e seus camaradas vão ignorar olimpicamente a meta de déficit zero. Os discursos que ora vão pra lá e voltam pra cá em seguida servem somente para entreter o público que ainda dá audiência a determinados veículos e jornalistas. É tudo orquestrado, articulado, maquinado. 

Quadrinhos

Enquanto isso, no palácio, ops, no Ministério da Justiça, o atual inquilino é a besta-quadrada do Flávio Dino, cujos assessores receberam em duas oportunidades este ano a esposa do maior traficante do Amazonas! 

Em casa

É o mesmo Dino que entrou sem seguranças e sem coletes à prova de bala na Maré, no Rio de Janeiro, e permite que seus auxiliares não recebam apenas criminosos, mas que atendam líderes do crime organizado. 

Do pó vieste

Além de não fazerem cumprir a lei, que já é frouxa, para os criminosos, eles ainda interagem naturalmente com os piores bandidos deste país. Seriam tudo farinha, sem trocadilho, do mesmo saco?

Debochados

É um escândalo, um escárnio só. E o cidadão ainda reivindica uma cadeira no STF, vejam só. Agora o PCC também quer ser recebido no tal Ministério da Justiça, que está virando o guarda-chuva dos sindicatos do crime. 

Canalhice

Tirar porte de arma do cidadão é bandeira, é narrativa, eles não medem esforços para deixar o cidadão sem ter como se defender, mas ao mesmo tempo preservam traficantes e criminosos armados até os dentes. 

Conluio

E o STF faz cara de paisagem, está tudo certo. Vamos caminhando para o término do primeiro quarto sob Lula III com perspectivas desesperadoras, terríveis. 

Timidez

Na quarta-feira, 15, houve a oportunidade de a sociedade ocupar o asfalto com grande representatividade, o que não ocorreu como vaticinamos aqui. 
Os brasileiros de bem, os que trabalham, produzem, pagam os impostos e bancam a farra toda, estão acuados, assustados. 

Pra Inglês ver

Segue a todo vapor o conluio entre Executivo e Judiciário para solapar o que sobrou da democracia brasileira e implantar definitivamente uma ditadura de esquerda neste país. 

Dia e noite

O colunista não nutre nenhum apreço pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, isso já foi evidenciado neste espaço várias vezes. Mas é preferível alguém sem pedigree no comando do país do que entregar a nação nas mãos das organizações criminosas como está ocorrendo. 

Encurralados

Os ricos estão investindo seus recursos em outros países, sérios, e podem inclusive se mudar, sair do Brasil. Já a esmagadora maioria da população não tem saída. Encontra-se à mercê deste sistema brutal que vai atacar ainda mais o bolso dos trabalhadores, que terão ainda menos acesso à saúde, à educação e, claro, a este paquidérmico, perdulário e ineficiente sistema judicial brasileiro. Que o Senhor Deus tenha misericórdia da nossa nação.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

24 horas

Portal49
www.portal49.com.br
© 2020 - 2024 Copyright Portal 49

Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR