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Contagem regressiva

Por Cláudio Prisco Paraíso
15/08/2024 - 08h29.Atualizada em 15/08/2024 - 08h29

​​​​Sexta-feira, dia 16, será deflagrada a campanha eleitoral em todo o Brasil e em Santa Catarina. Quinta-feira, dia 15, é o prazo fatal para o encaminhamento, à Justiça Eleitoral, dos pedidos de registro de candidaturas.

Já no dia seguinte terá início a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. É o marco que caracteriza o início da campanha, quando, evidentemente, partidos, coligações e candidatos vão iniciar um processo de apresentação de propostas preliminares.

Enfim, é aquele posicionamento mais leve, empático, aquela conversa com o eleitorado para angariar o seu apoio, traduzindo o seu voto em 6 de outubro.

Agora, transcorrida a primeira semana, aí a caixa de ferramentas muito provavelmente começará a ser aberta e os ataques recíprocos darão o ar de sua graça. Tudo leva a crer que teremos uma eleição muitíssimo carregada. Em território catarinense, o tiroteio não é apenas em cima da polarização PL-PT, o que é palpável pelo fato dos vermelhos e seus satélites andarem mal das pernas.

Força regional

É pouco provável que, entre os 14, 15 municípios com mais de 100 mil eleitores, algum integrante do PT venha a ser eleito. Quando muito, médios municípios ou prioritariamente pequenos, e sobretudo no Oeste catarinense. Vale lembrar que, dos seis deputados, quatro estaduais e dois federais, cinco representam a região.

Vale

Exceção feita a Ana Paula Lima, que é de Blumenau. Mulher de Décio Lima, que foi candidato ao governo e chegou ao segundo turno. Também por isso, essa eleição será diferenciada em relação ao componente regional.

Ex-PFL

A troca de farpas não vai se restringir apenas ao PL e ao PT. Teremos, entre os catarinenses, também alguns entreveros eleitorais envolvendo os liberais e os pessedistas. A turma do PSD, nunca é demais lembrar, integra o governo Lula. Aqui no Estado, se opõe a Jorginho Mello, já projetando uma disputa para 2026.

Nominata

O PSD lançou muitos candidatos em todas as regiões. Dá pra afirmar que houve um equilíbrio entre o PSD e o MDB. O PL, nesta quarta-feira, anunciaria o número de candidatos a prefeito, vice e vereadores.

Terceira onda?

Seguramente será o partido, o PL, mais bem constituído em termos de pretensões eleitorais. Não apenas por ter o controle do governo do Estado, mas por dispor de um cabo eleitoral de luxo que atende pelo nome de Jair Bolsonaro. É um eleitor estratégico e isso já ficou evidenciado nas suas votações, tanto em 2018 quanto em 2022.

Bolsonarismo

Nestes pleitos, de quebra, o ex-presidente elegeu os dois governadores. Há dois anos, inclusive, fez, também, o senador e um número considerável de deputados estaduais e federais. A campanha está começando a dar o ar de sua graça.

Antigos rivais juntos em Joinville

Por Cláudio Prisco Paraíso
14/08/2024 - 09h16.Atualizada em 14/08/2024 - 09h17

A novidade vem do Norte do estado. De Joinville, o maior município catarinense, onde formou-se uma coligação absolutamente inesperada e emblemática: MDB com PP, o Progressistas.

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Você leu direito. É exatamente isso. Luiz Cláudio Gubert, emedebista, com Anelisio Machado, de vice. Estamos falando do partido de Pedro Ivo Campos e de Luiz Henrique da Silveira, ambos ex-prefeitos de Joinville que chegaram ao governo do estado; alinhado com o PP de Esperidião Amin, que sempre foi o principal adversário do Manda Brasa por toda Santa Catarina.

Sinal dos tempos. Primeiro porque Luiz Henrique e Pedro Ivo não estão mais entre nós. Quem tem mandato hoje é Ivete Appel da Silveira, senadora atualmente licenciada. Embora seja viúva de LHS, ela não tem aquela ascendência sobre os emedebistas como tinha o falecido cônjuge.

Há sinais de que ela não teria gostado muito da composição. Toda a articulação foi capitaneada pelo atuante e articulado deputado Fernando Krelling. O parlamentar acabou contornando arestas, inclusive em relação à própria senadora.

Incógnita

Mas será que Esperidião Amin vai a Joinville subir no mesmo palanque de Ivete Appel da Silveira? Será que vão estar todos abraçados no mesmo projeto? Por que não? Os tempos são outros. A polarização hoje é outra.

 Eixo

Lá em 1982, depois em 86, 90, 94, 98, 2002, 2006, até 2010, com reflexos ainda em 2014, tínhamos ainda aquela polarização MDB-PP. Hoje isso não existe mais. Principalmente com a eleição de Carlos Moisés da Silva, empurrado, embalado e eleito pela onda Bolsonaro de 2018. Hoje a polarização é PL-PT, é bolsonarista X lulista. O MDB já ficou fora do segundo turno em 2018 e em 2022 nem candidato lançou.

Voo de galinha

Udo Döhler, ex-prefeito de dois mandatos em Joinville, empresário bem-sucedido, foi candidato a vice de Moisés, que não carimbou o passaporte para enfrentar Jorginho Mello. Então, o calendário, definitivamente, é outro.

Nova história

Mesmo assim, o que aquele emedebista ou aquele progressista da gema vão pensar? Se estão presos à história do passado, vão ficar fora ou vão ser atropelados pelos acontecimentos, como bem disse o deputado Fernando Krelling: “Nós estamos querendo construir uma nova história, para frente.”

Estratégia

Como dizia LHS, não se faz política olhando pelo retrovisor. Esta chapa MDB-PP é uma composição que tem como objetivo provocar o segundo turno em Joinville, diante do flagrante favoritismo de Adriano Silva, do Novo.

Nomes

O PT vai de Carlito Merss, ex-prefeito que vai ter, também, o apoio do PSOL, do PV e do PCdoB. A cidade terá, ainda, a candidatura do deputado Sargento Lima em chapa pura do PL. Jair Bolsonaro prometeu marcar presença para tentar impulsioná-lo. O ex-presidente, rememoremos, sempre foi muito bem-votado na cidade do Norte. Tanto em 2018 quanto em 2022.

Socialista

E ainda vemos Rodrigo Bornholdt, do PSB. Então, considerando aí quatro candidaturas de oposição existe, sim, a possibilidade de se provocar o segundo turno. Para isso, Adriano vai ter que administrar as gorduras que pode queimar. Só não pode queimar demais a ponto de não liquidar no primeiro turno. A eleição promete ser eletrizante em Joinville.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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