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Os antagonistas

Por Cláudio Prisco Paraíso
16/07/2025 - 07h49

A semana gira em torno de dois partidos em Santa Catarina: o PT e o Novo, que vai realizar, no próximo sábado, na Capital, o seu encontro estadual. É um evento anual que contará com a presença do grande líder da sigla, o governador reeleito de Minas, Romeu Zema.

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O mineiro, aliás, é o presidenciável que está colocado sobre a mesa, embora ele próprio admita a possibilidade de concorrer como vice em uma chapa de direita.

Além dele, outros dois nomes têm ganhado protagonismo pela atuação no Congresso Nacional. Na Câmara, destaca-se o gaúcho Marcel Van Hattem, e no Senado, o cearense Eduardo Girão.

Os filiados do Novo vão discutir, além, evidentemente, do projeto do partido no contexto nacional, também o caminho a ser percorrido pela sigla em Santa Catarina, onde o prefeito Adriano Silva, de Joinville, é o detentor de mandato com mais força hoje no estado. Ele sinaliza claramente a intenção de que o Novo possa estar em torno do projeto de reeleição do governador Jorginho Mello.

Dissidência

Outras lideranças, como o promotor Odair Tramontin, duas vezes derrotado na disputa pela prefeitura de Blumenau, nas eleições de 2020 e 2024, e também candidato ao governo em 2022, já se inclinam mais na direção do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, do PSD.

Legislativo

O Novo tem dois detentores de mandato no âmbito legislativo: Matheus Cadorin, na Assembleia, e Gilson Marques, na Câmara. O federal assume uma postura de neutralidade, assim como Cadorin, mas este foi eleito deputado com o apoio de Adriano Silva, realidade que não pode ser ignorada.

Na proa

Existe, ainda, um ingrediente externo se considerarmos que o Novo é comandado no Brasil por um catarinense. Então, isso tudo vai ser colocado na balança, mas também depende do projeto nacional. Se a sigla lançar uma candidatura à presidência ou à vice, precisaria de um palanque em Santa Catarina, pelo menos com uma candidatura ao Senado.

Nome

Aí entra a possibilidade do deputado federal reeleito Gilson Marques assumir essa condição, tendo em vista que as eleições de 2026 ofertarão duas vagas ao Senado.

Vermelhos

Do lado do PT, ocorre uma articulação na tentativa de evitar um enfrentamento, no segundo turno, entre os deputados Fabiano da Luz e Luciane Carminatti, os dois que carimbaram passaporte para a grande final no próximo dia 27.

Convergência

Padre Pedro Baldissera, que também disputou as eleições no processo de eleição direta do PT, chegando em terceiro, tem negociado uma solução para evitar a disputa final e talvez um racha irreconciliável, tendo em perspectiva as eleições do ano que vem.

Minguou

Não custa lembrar que, sob a batuta de Décio Lima, o PT catarinense deu um belo vexame em 2024, elegendo apenas sete prefeitos. Todos em cidades pequenas.

Respaldo

Outro entusiasta da ideia de convergência é o quarto deputado estadual petista, Neodi Saretta. A iniciativa pretende levar Fabiano e Luciane a dividir o mandato de quatro anos em dois anos para cada um. Além de contemplar todas as correntes na executiva e no diretório estadual.

Cara de paisagem

Curioso nisso tudo é que tanto a Câmara Federal, onde o PT-SC tem dois representantes, quanto o presidente estadual estão fora dessas articulações. No primeiro caso, os deputados Pedro Uczai e Ana Paula Lima, e o presidente do Sebrae, Décio Lima, que é o atual presidente.

Precaução

Também nessa composição, para evitar o segundo turno e assegurar a unidade, a reaglutinação partidária e o compartilhamento do comando da sigla, está justamente a intenção de evitar uma divisão interna.

Perspectivas

Articulação que certamente considera a perspectiva de que o PT muito provavelmente não terá as mesmas condições de 2022, quando foi candidato único da esquerda ao governo do estado.

Saindo na frente

O PSOL já lançou o vereador Afrânio Boppré, ex-vice-prefeito de Florianópolis e ex-deputado estadual; e o PDT também não descarta a possibilidade de apresentar cabeça de chapa. E quem será o candidato petista ao governo? Será Décio Lima, pela terceira vez consecutiva, ou ele eventualmente vai buscar uma das vagas ao Senado?

Todos os olhos voltados para a Alesc

Por Cláudio Prisco Paraíso
15/07/2025 - 11h33

A semana política em Santa Catarina estará toda voltada para a Assembleia, onde os parlamentares vão apreciar muitos dos projetos encaminhados pelo governador Jorginho Mello. No pacotaço que aterrissou no Legislativo estadual, com 58 iniciativas, 31 delas vão merecer a apreciação e votação dos 40 deputados.

Outras 27 matérias vão ficar para depois do recesso, para o segundo semestre, até para que o Legislativo não se pronuncie em torno de 100% das propostas do Centro Administrativo. Desses 31 projetos, a esmagadora maioria será aprovada. Já os outros 27 vão exigir uma negociação mais detalhada.

E aí entra também toda a questão política, em que os parlamentares, naturalmente, vão querer se valorizar e ter uma contrapartida administrativa em atendimento de suas bases eleitorais.

Ambiente

Afinal de contas, o mundo político já respira o clima pré-eleitoral e muitos deles são candidatos à reeleição ou a outro mandato eletivo. Como a concorrência sempre é pesada sob o aspecto da disputa eleitoral, claro que os parlamentares desejam se cacifar.

Republicano

Ou seja, nem resolveram sentar em cima e nem resolveram aprovar tudo. Buscaram o meio-termo. O presidente Júlio Garcia deixou muito claro que não pretende misturar o componente partidário do ano vindouro com as matérias de cunho administrativo.

Correligionários

Júlio Garcia é correligionário de João Rodrigues, que é o adversário direto de Jorginho Mello na disputa pelo governo, uma vez confirmada, consolidada e homologada a candidatura do prefeito de Chapecó até 5 de agosto do ano que vem. Aliás, há duas semanas que ele não deu mais o ar de sua graça. Jorginho Mello, naturalmente, no exercício do cargo de governador, continua nadando de braçadas em relação ao projeto de reeleição.

Gelo

Até porque a conversa também gira em torno de Carlos Bolsonaro. Ele poderia vir a concorrer ao Senado em Santa Catarina, especulação que deu uma bela esfriada. Nada mais se falou. Talvez pelo sentimento de que a repercussão não foi nada favorável.

Sinais

O assunto arrefeceu antes mesmo das pesquisas sinalizarem. Foi pelo sentimento comum mesmo de que essa ideia maluca não daria certo. Aí entra um outro ingrediente, porque, com a hipotética vinda de Carluxo, partiu-se da premissa de que alguém ficaria sem vaga na majoritária, especialmente Esperidião Amin, o que poderia levar a União Progressista, reunindo o PP e União Brasil, para o colo de João Rodrigues.

Guilhotine

Mas, talvez, não seja nada disso. Quem poderia vir a perder a vaga seria a deputada federal Caroline De Toni, até para fortalecer a aliança. Isso tudo contando que Carlos Bolsonaro estará elegível, o que é, definitivamente, uma possibilidade remotíssima.

Família

Não só para ele, quanto para o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Tudo leva a crer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eivado de influência politiqueira, deixará metade da família inelegível e a outra metade, liberada.

Dupla

Os dois que estariam em condições de concorrer às eleições, sem fazer companhia ao inelegível Jair Bolsonaro, seriam o senador Flávio Bolsonaro, que vai à reeleição ao Senado pelo Rio de Janeiro, e a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, que tem tudo para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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