Mais uma vergonha que o Brasil passa no exterior com o patético Lula da Silva. O pior é que ele acha que foi uma verdadeira estrela de Hollywood em plena reunião dos grandes chefes de Estado na Ásia. Referimo-nos, mais especificamente, ao encontro — o primeiro — do atual inquilino do Palácio do Planalto com Donald Trump. Reunião que já começou com problemas, porque o governo brasileiro não queria um bate-papo dos presidentes com jornalistas. Só que foi uma exigência do governo americano, à qual o governo brasileiro cedeu. A previsão era de dez minutos de indagações por jornalistas americanos e brasileiros, mas a prosa não durou tudo isso.
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Um jornalista americano perguntou sobre Bolsonaro, e ficou visível o incômodo de Lula da Silva. A deidade vermelha ficou gesticulando, fazendo sinal com a mão, enquanto Trump o elogiava — como sempre fez, aliás, com Lula de corpo presente. Nesse instante, ele pediu a palavra e ficou ponderando, olhando para os jornalistas. Ao final do encontro, os coleguinhas poderiam entrevistar os presidentes e ter os resultados do bate-papo.
Lorotas
Lula sinalizou que não podia perder tempo (é um homem muito ocupado, viajando pelo mundo), precisava iniciar a conversa, a reunião bilateral com Donald Trump — e o americano só olhando para os jornalistas, deixando Lula da Silva sem graça.
Censor
Até que Trump foi socorrê-lo e encerraram a participação dos jornalistas. A imprensa foi retirada pelo democrata Lula, mal acostumado, habituado no Brasil com uma mídia chapa-branca, vassala, serviçal, velhaca e vendida. Lá fora, contudo, é bem diferente.
Leviano
E lá estava Lula da Silva, de pernas cruzadas, com um ar de boçalidade, um ar também de deboche, enquanto Trump — presidente do país mais importante do planeta — atento ao encontro. O petista, fazendo pose, estava com vários papéis na mão, aquela cena toda. Para resumir a história: qual foi o resultado do encontro? Zero à esquerda. Nada.
Reunião da reunião
De prático mesmo, da reunião, foi marcada outra reunião com auxiliares diretos dos dois presidentes — que também não chegou a resultado nenhum. Trump deixou a Malásia dizendo que não havia ocorrido nenhuma evolução. E ficou por isso mesmo.
Pega na mentira
Ao seu melhor estilo Pinóquio contumaz, Lula saiu dando entrevista, dizendo que foi muito bom e que a relação vai evoluir. A realidade, contudo, é que simplesmente continua tudo como estava. Tarifas de 50%.
Cara de paisagem
Lula pediu pelo fim das sanções a ministros do seu governo e do Supremo. Trump nem respondeu, como também ignorou olimpicamente o fato de ele ter se colocado como alguém que poderia fazer a intermediação de uma negociação com o narcoditador sanguinário Nicolás Maduro, da Venezuela.
Sangue misturado
Ora, se Trump quer negociação com um narcotraficante — que, aliás, é companheiraço de Lula desde o tempo de Hugo Chávez. O governo americano sabe disso. E sabe muito mais. Ou seja, a mídia nacional passa a sensação para os brasileiros de que as coisas estão caminhando muito bem e que teremos grandes resultados, quando todos sabemos que, em princípio, não haverá evolução alguma do tarifaço, a não ser que o Brasil pratique gestos.
Ditadura
Não só no aspecto comercial, empresarial e econômico, mas principalmente no contexto das liberdades no Brasil, que estão comprometidas. E Trump sabe muito bem que o Supremo e o Planalto são uma coisa só. Lula que trate de buscar uma solução para isso. Só que o Superman tupiniquim não tem força.
Mais pressão
Por isso mesmo, vai ficar tudo como está — e muito provavelmente novas sanções virão dos Estados Unidos contra ministros do Supremo. Porque Lula não tem capacidade de influenciar, não tem ascendência sobre os ministros do Supremo.
Sim, senhores
Na verdade, ele é um preposto do Supremo, que o tirou da prisão depois de ter sido condenado por lavagem de dinheiro e corrupção por nove magistrados diferentes — e o colocou na Presidência da República numa campanha conduzida de forma tendenciosa e capciosa. Simples assim. Lula tem que bater continência ao Supremo e lamber as botas das supremas togas.
O velho MDB de guerra, o Manda Brasa, voltou a dar o ar de sua graça. Indiscutivelmente, foi a concentração partidária mais significativa de Santa Catarina em 2025. Não apenas pelo número de presentes em Balneário Camboriú — aliás, expressivo, algo em torno de 6 mil pessoas — mas também pela representatividade dos que lá compareceram. É o MDB voltando a mostrar sua capilaridade e sua capacidade de mobilização, que são indiscutíveis.
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A legenda já não tem mais o maior número de prefeitos no estado — perdeu essa condição nas eleições municipais de 2024 para o PL. Ocorre, contudo, que nenhum partido em Santa Catarina está estruturado nos 295 municípios. Aliás, nunca nenhum partido esteve organizado em todo o estado, exceto o MDB. Mesmo perdendo consistência e tamanho, ainda é aquele partido que reúne a militância mais aguerrida. Basta uma olhada no retrospecto: de 1982 pra cá, com o restabelecimento das eleições diretas para os governos estaduais, o MDB elegeu três governadores pelo voto direto — sendo Luiz Henrique por dois mandatos.
Experimentado
Estamos falando de 16 anos de controle da máquina administrativa catarinense. O MDB governou por praticamente metade do período em que o catarinense voltou a escolher seus mandatários para governá-lo.
Tampões
Também é preciso levar em conta os períodos de mandato-tampão, com Casildo Maldaner sucedendo Pedro Ivo Campos ao final da década de 1980, e Eduardo Pinho Moreira assumindo a proa ao final do primeiro mandato de Luiz Henrique e ao término do segundo de Raimundo Colombo.
Massa de votos
O pessedista, não custa lembrar, foi eleito e reeleito no primeiro turno com apoio vigoroso do MDB, numa articulação bancada e patrocinada por Luiz Henrique da Silveira. Raimundo Colombo, que no primeiro mandato era democrata, no segundo já estava nas fileiras do PSD — mas foi eleito com o MDB.
Vinculação
O lageano só obteve vitórias majoritárias quando agregado a um projeto liderado pelo MDB. Foi duas vezes governador, em 2010 e 2014, e senador em 2006. Depois disso, tentou duas vezes o Senado, em 2018 e 2022, e restou derrotado — o que demonstra claramente a capacidade eleitoral do MDB, que fez vários senadores por Santa Catarina.
Nominata
Luiz Henrique, Casildo Maldaner, Jaison Barreto, Evelásio Vieira (o primeiro de todos), Dário Berger, Nelson Wedekin, Dirceu Carneiro e daí por diante. Além disso, o partido elegeu outros senadores com seu apoio, como os tucanos Paulo Bauer e Leonel Pavan.
Valorização
A coluna faz esse retrospecto para mostrar por que Jorginho Mello marcou presença no evento, deixando claro que o MDB estará com ele. Porque é um partido importante.
Liderança
Vale ressaltar o papel desempenhado, indiscutivelmente, pelo deputado federal e atual secretário da Agricultura de Jorginho Mello, Carlos Chiodini — que também é o presidente da legenda. Na prática, ele arejou o partido, deu novo impulso e mostrou que o MDB continua relevante.
Sinalização
Mais do que isso, Jorginho Mello o trouxe para o centro do palco em dois momentos do seu discurso de cinco minutos, não deixando dúvidas de que Chiodini tem tudo para ser seu companheiro de chapa ao governo do estado.
Questão nacional
Muito embora o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, tenha dito que a convenção é que vai definir o rumo do MDB nacional — se o partido vai com uma candidatura ao centro (ele próprio declarou apoio a Tarcísio de Freitas, do Republicanos) ou se vai indicar o vice de Lula da Silva.
Quarteto
Rossi avisou que tudo é possível — a convenção é que definirá. Mas não resta dúvida de que, tirando as famílias Barbalho, Sarney, Calheiros e a ministra do Planejamento de Lula, Simone Tebet, que querem estar com o PT, o restante do MDB deseja fazer oposição à recandidatura do atual presidente da República.
Centro-direita
A começar pelo ex-presidente Michel Temer, sempre atacado por Lula. Depois de dez anos na proa do Manda Brasa nacional, Temer fez de Baleia Rossi seu sucessor. Até porque, se eventualmente o MDB vier a ser o vice de Lula, a participação da sigla no estado — na chapa de Jorginho Mello — pode ficar comprometida.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.