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Governador reassume articulações eleitorais

Por Cláudio Prisco Paraíso
17/07/2024 - 08h43.Atualizada em 17/07/2024 - 08h43

Jorginho Mello restabeleceu a sua rotina administrativa a partir desta semana com o retorno de Portugal. E agora a contagem, mais do que nunca, é absolutamente regressiva.

Senão vejamos. O calendário eleitoral estabelece a abertura da janela de convenções homologatórias a partir do próximo dia 20. Prazo que se estende até 5 de agosto. Com um detalhe: em Florianópolis, o ex-prefeito Dário Berger, do PSDB, já será confirmado como candidato assim que se abrir a janela, ou seja, no dia 20.

Movimento que leva Jorginho a definir, o quanto antes, o candidato a vice de Topázio Silveira Neto (PSD). Está praticamente definido. Inclusive, na semana passada, havíamos antecipado o nome e a disposição do governador de chamar a vereadora Maryanne Mattos (PL) para uma conversa visando ajustar os ponteiros.

Nos últimos dias também se falou na possibilidade de o governador escalar um empresário para compor chapa na Capital, mas tudo leva a crer que a favorita é mesmo a vereadora liberal. Nesse embalo, Jorginho Mello vai, também, priorizar outros encaminhamentos que estão em aberto.

Oeste

Chapecó é outra cidade estratégica que está no radar do chefe do Executivo. Ele aguarda uma manifestação oficial do prefeito João Rodrigues, do PSD, assim como de Topázio na Capital. Mas, enquanto em Florianópolis o baralho está acertado entre o governador e o prefeito, no Oeste Jorginho estica a corda só para forçar o pessedista a se posicionar o quanto antes. O governador sabe perfeitamente que Rodrigues vai de chapa pura e que não haverá espaço para o PL. Até porque o oestino almeja um projeto majoritário em 2026.

Alternativa

É um cenário que obriga o governador a ter que definir uma candidatura. O vereador Fernando Cordeiro, presidente da Câmara, é um nome ventilado. Ou mesmo a deputada federal Daniela Reinehr, ex-vice-governadora. Ela, contudo, muito provavelmente não topará o desafio. Tem uma série de compromissos de natureza parlamentar e também por questões de foro íntimo no contexto familiar.

Lacuna

Chapecó, dos grandes municípios, é o único onde efetivamente o PL não tem nome.
Em Florianópolis, os liberais vão compor de vice. Em Blumenau, o deputado Egídio Ferrari será o cabeça de chapa, enquanto o colega dele, Sargento Lima, está confirmado em Joinville.

Páreo duríssimo


Aliás, Lima tem uma eleição desafiadora, considerando-se o favoritismo do prefeito Adriano Silva, do Novo.

Ex e deputados

A ex-prefeita Adeliana Dal Pont é a pré-candidata do PL em São José. Tem excelentes perspectivas. Para Criciúma, a articulação desaguou na candidatura do deputado federal Ricardo Guidi. Também no Sul, em Tubarão, outro deputado, o estadual Estêner Soratto encabeçará o projeto dos liberais.

Dubai

Subindo para o Litoral Norte, chegamos a Balneário Camboriú. Ali, o governador não teve influência direta na definição. Ele tentou arbitrar o entendimento entre o prefeito Fabrício de Oliveira e o deputado estadual Carlos Humberto, nome natural e até então favorito para conquistar a prefeitura.

Bateu o pé

Mas Fabrício não cedeu e não abriu mão da escolha do seu sucessor, processo do qual o governador ficou de fora. Jorginho, registre-se, está lavando as mãos para o episódio de Balneário Camboriú. Que pode custar caro mais ali adiante.

Ele e ela

Até porque Jair e Michele Bolsonaro entraram no circuito das articulações envolvendo Balneário Camboriú. Realidade que influenciou o governador a não criar qualquer situação de atrito. Mas ele não vai se envolver diretamente na eleição da “Dubai brasileira.”

Serra

Em Lages, o PL tem a candidatura, favorita, da deputada federal Carmen Zanotto.
Para Jaraguá do Sul, os liberais lançaram o empresário Edson Junkes. Mais para marcar posição. Só um acidente de percurso de proporções avantajadas teria a capacidade de tirar a reeleição de Jair Franzner, apoiado pelo deputado estadual e seu antecessor Antídio Lunelli.

Pódio

O hoje deputado por Jaraguá renunciou ao paço municipal para concorrer ao governo do estado. Como pré-candidato foi derrotado na convenção e depois elegeu-se o terceiro parlamentar estadual mais votado de Santa Catarina.

Filho único

Jair Franzner assumiu e é candidato à reeleição em Jaraguá do Sul, o único dos 12 maiores municípios em que o MDB tem um favorito inquestionável.

Três dezenas

Se considerarmos os 30 maiores municípios e olharmos para o grande antagonista do PL no cenário nacional, observamos que o PT não tem um favorito sequer entre estas três dezenas de cidades. Tem nomes, mas em sua esmagadora maioria sem quaisquer perspectivas de vitória.

Kombi petista

O que vale dizer que, o PT, talvez, venha eleger uma meia dúzia de sete ou oito prefeituras em Santa Catarina. E olhe lá. Para fechar, o PL ainda é o grande favorito com o prefeito Eduardo Freccia, de Palhoça. Fez gestão exitosa e tem grandes perspectivas de reeleição, assim como André Vechi, que venceu o pleito suplementar e tomou conta da prefeitura de Brusque.

O atentado à vida, à democracia, ao contraditório, à civilização

Por Cláudio Prisco Paraíso
16/07/2024 - 08h23.Atualizada em 16/07/2024 - 08h24

O mundo está perplexo com o que transcorreu no último final de semana, precisamente no sábado, na Pensilvânia, com o atentado contra o ex-presidente e candidato, Donald Trump.

Perplexidade na medida em que mostra como a nossa sociedade está doente e radicalizada nas suas convicções políticas e ideológicas. Evidentemente que o episódio vai produzir reflexos não apenas na eleição americana, mas em boa parte dos países, especialmente nos do ocidente.

Não há como ignorar essa situação, particularmente em terras tupiniquins. Considerando a proximidade de Trump com a principal liderança do conservadorismo brasileiro, o também ex-presidente Jair Bolsonaro, que já se manifestou e prestou sua solidariedade ao norte-americano. É evidente que  não ficamos restritos ao ambiente continental, seja da América do Norte, da América do Sul ou da América Central.

Claro que não. Isso também chega à comunidade europeia. Mesmo assim, vamos nos ater mais ao contexto brasileiro.

Estamos em 2024, ano de eleição municipal. As questões locais, regionais acabam prevalecendo na hora em que o eleitor aperta o confirma nas urnas.

Prévias

Mas as eleições deste ano, elas representam uma espécie de prévia para o processo eleitoral estadual e nacional de 2026.

Turbinada

Com o episódio registrado no último sábado, evidentemente a recandidatura de Donald Trump pelo Partido Republicano se fortalece. Na eventualidade da sua eleição, não resta a menor dúvida de que os desdobramentos vão se registrar, sim, aqui no Brasil. Olhando, claro, para 2026.

Sem Bolsonaro

E não vão provocar desdobramentos apenas partindo da premissa de que Bolsonaro possa estar com seus direitos políticos restabelecidos, derrubando aquilo que está estabelecido, que é a sua impossibilidade de disputar as eleições.  Vamos partir do princípio, da premissa de que Bolsonaro está fora do jogo.

Antes tarde

Mas é claro que todo esse quadro acaba provocando ventos a favor da direita, a favor do conservadorismo. Até porque o desgoverno Lula da Silva e os desatinos do inquilino do Palácio do Planalto, delirante, completamente fora de foco, contribuem para a alternância do poder.

Ideologia

Não vamos nos fixar em nomes, se poderá ser Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Tarcísio de Freitas, ou seja lá quem for.

Nota só

O fato é que o PT só tem Lula da Silva. Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, ex-governador da Bahia por oito anos; Camilo Santana, também ex-governador do Ceará, ministro da Educação… zero chance para este tipo de perfil. Zero.

Mais zeros

Quem sabe então Gleisi Hoffmann, a narizinho, ex-senadora, deputada, presidente do partido no Plano Nacional. Zero. Opa, mas o PT tem o eterno poste Fernando Haddad, que já disputou a eleição em 2018, quando Lula da Silva cumpria a pena em Curitiba. Zero. O PT só conta com ele, o fundador número um do Partido dos Trabalhadores, a deidade que move os lulofanáticos. Simples assim.

Fixação

De 1989 para cá, nós tivemos oito eleições. Lula, eternamente em campanha e sempre no palanque (exceção feita aos 580 dias que esteve no xilindró) disputou cinco delas. Haddad, por impossibilidade do líder supremo, concorreu em 2018. Dilma, a inepta, foi o nome vermelho em 2010 e 2014.

Pinus elliottis

São as únicas três figuras do PT. Haddad não consolidou a liderança. Dilma pertence ao passado, foi cassada na segunda metade do seu segundo mandato, e escancarou a absoluta incapacidade, e o tamanho do devaneio petista, para cumprir as funções presidenciais.

Ele, ele, ele

O PT só tem Lula. Um cidadão completamente combalido. De modo que à esquerda vai ter que encontrar um nome se ainda quiser ter algum futuro.

Baú de novidades

É pouco provável que o ache nesse curto espaço de tempo. Tudo leva a crer que daqui para frente, tanto pela influência internacional, quanto pela realidade nacional, o país caminha para a retomada do controle do poder central por uma liderança conservadora de direita.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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