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PSD se mobiliza para grande evento no Sul

Por Cláudio Prisco Paraíso
03/06/2025 - 08h10

Nesta quinta-feira, o PSD, em Criciúma, fará uma grande mobilização voltada para o projeto majoritário estadual de João Rodrigues em 2026. O presidente nacional, Gilberto Kassab, confirmou presença.
Não resta a menor dúvida de que os pessedistas vão reunir um número expressivo de pessoas. Até porque, no Sul do estado, o PSD é muito forte. Talvez seja a região em que o partido tenha mais densidade em termos de mandatos eletivos e até sobre o contexto eleitoral.

Basta reconhecer a força política de Clésio Salvaro. Contra Jorginho Mello, Jair Bolsonaro, deputados estaduais, federais, toda a máquina estadual, o ex-prefeito derrotou Ricardo Guidi, elegendo seu secretário, Vaguinho Espíndola, como sucessor. Só para começo de conversa. Sem falar nos outros municípios adjacentes que foram conquistados pelo partido.

Liberais

Exatamente no dia 5 de julho estará em Santa Catarina, ou seja, um mês depois, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para participar do primeiro evento, dentre tantos, do PL catarinense com vistas ao projeto de reeleição de Jorginho Mello.

Recado

O curioso é que, na semana passada, Jair Bolsonaro utilizou-se da deputada Júlia Zanatta para mandar um recado ao governador, com quem priva de proximidade. Os dois estão muito alinhados.

Torceu o nariz

Mas o ex-presidente, pelo visto, não gostou do fato de o atual governador não ter desmentido o que setores da mídia exploraram, possivelmente estimulados por pessedistas, ventilando que, no encontro com Gilberto Kassab, na última terça-feira, em São Paulo, no jantar, o catarinense teria acenado com a possibilidade de apoiar um pessedista dissidente numa eventual eleição suplementar ao Senado, caso Jorge Seif seja cassado pelo TSE.

Clã

Estamos falando de Paulinho Bornhausen, que compõe o primeiro escalão da atual administração estadual.

Distanciamento

É pouco provável que Jorginho tenha feito essa conversa com Kassab. O governador não tem nem intimidade para isso e, até porque, seria uma conversa completamente fora de propósito. Só que ele não veio a público para desmentir. E, como não assim procedeu, o próprio Seif ficou com a sensação de que o governador estava de olho na sua posição, até para descongestionar o número excessivo de nomes para compor a chapa do próximo ano.

Errou o tempo

Só depois disso, depois de Júlia Zanatta lançar a informação sobre a qual estamos falando, é que Jorginho Mello ligou para Jorge Seif, completamente fora do timing. Ficou uma situação meio enviesada.

Família

E o que foi transmitido por Jair Bolsonaro a Júlia Zanatta? Que, na eventualidade de uma eleição suplementar, o candidato do PL será seu filho, vereador pelo estado fluminense, Carlos Bolsonaro.

Incômodo

Ou seja, ele vai escolher o candidato assim como fez com Jorge Seif, que é o 06, muito próximo do ex-presidente da República, que, ao que parece, ficou incomodado com Jorginho Mello.

Desafeta

Bolsonaro usa, justamente, a detentora de mandato pelo PL que mais desafia, critica e provoca publicamente o governador.

Compasso

Tudo isso poderia sinalizar para um desacerto nos encaminhamentos liberais, considerando as figuras de Jorginho Mello e de Jair Bolsonaro. Outra leitura que se pode fazer é que a ideia de lançar Carlos Bolsonaro para a eleição suplementar seria um recado endereçado ao Tribunal Superior Eleitoral. Claro e direto: cassem Jorge Seif que eu elejo meu filho em Santa Catarina. A conferir os desdobramentos.

O navio-palanque de Lula

Por Cláudio Prisco Paraíso
31/05/2025 - 08h40

Uma tragédia, uma verdadeira tragédia, a segunda passagem de Lula da Silva por Santa Catarina nesse terceiro mandato. Tragédia porque, mais uma vez, assim como ocorreu no ano passado, a deidade vermelha veio com promessas e mais promessas.

Houve um anúncio de investimentos na casa dos R$ 800 milhões para Itajaí e Navegantes. Mas, de concreto, de objetivo, assinatura de ordem de serviço, liberação de recursos — absolutamente nada. Só conversa, discursos eleitoreiros. Lula transformou o evento administrativo num ato político.

Na verdade, o ato virou um palanque eleitoral diante de um grande navio chinês — país que mantém uma das ditaduras mais brutais do mundo — com o atual inquilino do Planalto fazendo um discurso ultrapassado, caduco, popularesco, falando em benefícios sociais e tudo mais, numa clara tentativa de reverter, em Santa Catarina, um panorama político-eleitoral amplamente desfavorável. Senão, vejamos: Jair Bolsonaro, em 2018, no segundo turno, fez quase 76% dos votos.

Repeteco

Quatro anos depois, contra Lula — no lugar do poste Fernando Haddad — o resultado foi 70% a 30%. Uma sova. É bem verdade que Bolsonaro, muito provavelmente, não estará na urna eletrônica de 2026.

Perfil

Mas, mesmo assim, o Estado demonstra claramente que é essencialmente conservador. E a estratégia de Lula foi justamente tentar neutralizar, nem que parcialmente, essa desvantagem.
Isso ocorre no dia seguinte a uma pesquisa do Instituto Paraná, retratando a realidade eleitoral e fazendo avaliação administrativa do mandato de Lula da Silva, justamente no estado vizinho do Paraná, onde a rejeição do deus canhoto ultrapassa a casa dos 67%.

Ele, não

Vejam só: nas projeções de eleição de primeiro e segundo turno, ele perde para praticamente todo mundo. Ratinho Júnior, governador reeleito, jovem político, está em empate técnico com Lula.
No enfrentamento com Lula, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, está nos calcanhares de Lula, que perde para Bolsonaro e Michelle de lavada.

Mofo

De modo que é absolutamente deprimente um “espetáculo” como o de ontem. Aqui nós criticamos duramente a ausência de Jorginho Mello. Mas já é de se avaliar até que ponto ele não agiu adequadamente. Ao fim e ao cabo, acabou acertando.

Pulou fora

Porque geraria constrangimento a presença do governador, aliado de Bolsonaro, num evento que não foi administrativo. Inclusive ele referiu-se indiretamente, sem citar nominalmente, Jorginho Mello, quando falou que “os que não vieram têm raiva.” De modo que, lamentavelmente, Lula da Silva passa a sensação de que não mudou.

Território vermelho

E o pouco que mudou, mudou para o pior. Essa que é a grande realidade. Das lideranças presentes, apenas a deputada Paulinha Silva (Podemos) e outros dois prefeitos. Cheirou a mofo o palanque.

Ressurgiram

Lá estavam dois petistas, que já ocuparam posições de proa em Santa Catarina, mas que foram aposentados pelas urnas. A ex-senadora Ideli Salvatti e o ex-deputado federal José Fritsch.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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