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Ambiente de expectativa e tensão

Por Cláudio Prisco Paraíso
23/01/2025 - 08h10

É grande a expectativa político-partidária eleitoral em Santa Catarina. Tudo leva a crer que Jorginho Mello anunciará alguns novos colaboradores de primeiro escalão nesta sexta-feira, antecipando-se para o que estava programado para depois da eleição da nova mesa diretora, marcada para o dia 1º de fevereiro.

O entendimento com o MDB vai mais ou menos na linha daquilo que já havíamos antecipado semana passada ou retrasada. O deputado federal Carlos Chiodini assumiria a Secretaria da Agricultura; que inicialmente foi destinada ao deputado estadual Antídio Lunelli. Mas Chiodini quer aguardar a definição da nova mesa diretora da Câmara dos Deputados, na qual pode ter espaço estratégico.

Já Lunelli inclusive aceitou, mas diante de algumas dificuldades impostas pelo próprio governador, declinou. Como Antídio e Chiodini têm um relacionamento de longa data oriundo de Jaraguá do Sul, a coisa ficou bem assimilada.

Suplente

A Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde ficaria para o primeiro suplente, hoje no exercício do mandato, na Assembleia Legislativa, Emerson Stein.

Extra

O MDB ainda poderia agregar a presidência da Fesporte, cujo titular seria apontado, muito provavelmente, pelo líder da bancada, Fernando Krelling. O parlamentar é absolutamente ligado ao setor, inclusive tendo ocupado a respectiva secretaria no segundo mandato de Udo Döhler à frente da Prefeitura de Joinville.

Incógnita

O deputado licenciado Jerry Comper continuará à frente da Infraestrutura? Aí teríamos uma modificação na Assembleia, com a ascensão da segunda suplente, Rose Maldaner, ex-prefeita de Maravilha e mulher do ex-prefeito da mesma cidade e ex-deputado federal Celso Maldaner.

Possibilidade

Em Brasília, na vaga de Chiodini, retornaria o emedebista Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro. Ele já havia ficado quatro meses no exercício do mandato de Chiodini enquanto este esteve em campanha à Prefeitura de Itajaí, para onde transferiu seu domicílio eleitoral. Isso no contexto do MDB.

PP segue

O PP vai continuar tendo o ex-presidente da Assembleia, Silvio Dreveck, à frente do Desenvolvimento Econômico e Sustentável.
E Leodegar Tiscoski, ex-deputado estadual e federal, deverá assumir algum cargo de segundo escalão.

Senado

No ambiente interno do PL e também das alternativas domésticas, o governador confirma Catiane Seif, mulher do senador Jorge Seif, à frente do Turismo. Ela era adjunta e estava respondendo interinamente pela pasta sem ser efetivada. Realidade que contrariou o senador, que esteve com Jair Bolsonaro.

De fora

Diante desse encaminhamento, o governador acabou confirmando o nome de Catiane. Isso significa que o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira, fica pela estrada.

Articulado

Finalmente, entre as principais mudanças, Kennedy Nunes, ex-deputado estadual, vai assumir a Casa Civil. Ele que era o nome de Jorginho Mello ao Senado em 2022, quando era filiado ao PTB. Estava tudo acertado.

Goela-abaixo

Mas Jair Bolsonaro veio com o nome de Jorge Seif e ele precisou negociar com Kennedy para que ele fosse seu vice. Kennedy não aceitou. Foi ao Senado, com seu PTB, coligando com o então candidato ao governo Esperidião Amin, do PP. Apesar de tudo isso, o governador o colocou à frente do Detran.

Destaque

E agora o traz para a Casa Civil. Sua saída do Detran pode abrir espaço para o suplente de deputado federal Darci de Matos ocupar o cargo.

Experiência

Kennedy, na Casa Civil, é um ex-deputado de vários mandatos. Começou no PP, mas esteve no PSD. De quem? De Júlio Garcia, que vai ser eleito presidente da nova mesa diretora da Alesc. Então é uma maneira de tentar fazer essa interlocução entre o governo e o novo comando do Parlamento estadual.

Ajeitando

Ou seja, o governador, nesse caso específico, procura um remendo administrativo, a partir do remanejamento de Kennedy Nunes, para tentar ter um ano um pouco mais tranquilo com Júlio Garcia à frente da Assembleia.

Beligerância

Ainda mais que já se observa claramente uma polarização entre duas candidaturas. De um lado, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues. Do outro, o próprio governador Jorginho Mello. Ainda nem terminamos janeiro de 2025 e o ambiente político está para lá de beligerante.

Mudanças em fevereiro

Por Cláudio Prisco Paraíso
22/01/2025 - 08h23

Assim como Jorginho Mello em Santa Catarina, o presidente Lula da Silva vai aguardar a eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado para então promover uma minirreforma no seu Ministério. Só antecipou a Comunicação porque a situação é de absoluto descontrole.

Agora, as demais alterações vão aguardar justamente a retomada das atividades do Congresso Nacional, embora já se saiba que dificilmente o controle da Câmara fugirá da eleição de Hugo Motta, filiado ao Republicanos da Paraíba. No Senado, o nome é de Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá.

Mas, mesmo assim, ele vai tentar reforçar o seu Ministério na direção de três partidos estratégicos: União Brasil, MDB e PSD.

Os últimos dois foram os que elegeram o maior número de prefeitos no ano passado. Aliás, o União Brasil foi o terceiro. Os três somados ficaram com mais de dois mil prefeitos, quase a metade das prefeituras brasileiras. E a estratégia é contar com esses partidos no projeto de reeleição do atual inquilino do Palácio Planalto.

Território

Não só pela estrutura partidária espalhada pelas cinco regiões brasileiras, mas, também, na tentativa de fazer com que esses partidos não apenas não venham a lançar candidatos à presidência, como possam vir a respaldar a recandidatura de Lula da Silva.

Quem?

O MDB, na verdade, não tem nome; e o PSD já tem Ratinho Júnior do Paraná, mas sabe-se que ele vai ao Senado. Ou seja, são siglas grandes, capilarizadas, mas sem um líder de envergadura nacional.

De Goiás

Sobre o União Brasil, não se pode dizer a mesma coisa. Ronaldo Caiado colocou o bloco na rua. É candidatíssimo. A articulação é no sentido de trazer o Novo, na figura do governador mineiro. Assim como Caiado, Romeu Zema foi reeleito. A partir daí, a ideia é tentar também atrair o apoio de três outras siglas: o PP, o Republicanos e também o PL, naturalmente.

Ex-presidente

A expectativa é a de que o PL de Jair Bolsonaro não faça o que fez em 2024, lançando candidatos contra nomes respaldados por governadores em capitais e grandes municípios, como aconteceu em Curitiba e Goiânia.

Derrotas

Ali, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado derrotaram Bolsonaro, já que os candidatos do ex-presidente e os dos dois governadores se enfrentaram. Então é hora de raciocinar com inteligência.

Incógnitas

Bolsonaro pode estar pensando em lançar o filho, Eduardo Bolsonaro? Ou em fechar um acordo da direita?
Alguns formuladores raciocinam na seguinte direção: formalizar um acordo reunindo PL, PP, Novo, União e Republicanos. São cinco grandes partidos.

Dúvidas

Com um detalhe. Nada garante que o PSD e o MDB, que não têm candidatos à Presidência, vão efetivamente estar com Lula. Poderão não estar com a candidatura de direita, mas bem que poderiam assumir postura de neutralidade?

Espectro

Isso faria com que Lula da Silva não conseguisse penetrar nos partidos do centrão e ficasse apenas nas mãos das siglas ideologicamente à esquerda. O que o enfraqueceria no projeto de reeleição.

Ladeira abaixo

Ainda mais considerando a situação de absoluto descalabro da economia brasileira. E a tendência é que a situação se recrudesça, não apenas no segundo semestre desse ano, mas especialmente em 2026.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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