A federação entre MDB e Republicanos segue avançando e há claros sinais de que vai se concretizar. Está virando moda no mundo político, até porque é uma questão de sobrevivência.
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Quem estreou o modelo foi a esquerda, liderada pelo PT, antes das eleições de 2024, com o PV e o PCdoB, nasceu a chamada super federação entre o PP e o União Brasil – que forma o maior partido da Câmara.
Podemos e PSDB já estão se mexendo também, mas o que ganha velocidade é a convergência entre MDB e Republicanos.
Toda essa movimentação evidentemente é favorável ao governador Jorginho Mello, que controla o Republicanos em Santa Catarina, com o deputado federal Jorge Goetten na proa partidária e com seu irmão, Juca Mello, como vice-presidente estadual da legenda.
Musculatura
O governador sairá ainda mais fortalecido desse processo se o desfecho nacional for uma candidatura à Presidência do governador Tarcísio de Freitas.
Isolamento
É mais um movimento de absoluto isolamento na direção do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, do PSD, que é pré-candidato ao governo.
Vagas
Com a federação, não há o que discutir. O MDB estará com Jorginho Mello em Santa Catarina.
E também no âmbito nacional, o Manda Brasa não estará com Lula. Nesse caso, o governador não terá como tirar o MDB da vaga de vice.
Senado
Ainda mais se considerarmos que Carol De Toni e Esperidião Amin devem ser os candidatos ao Senado na chapa do governador.
Então, essa solução – com o deputado Julio Garcia, do PSD, de vice - defendida por algumas lideranças próximas ao governador, dificilmente vingará.
Alteração
Também porque, quando Jorginho Mello assumir para o segundo mandato, Garcia não será mais o presidente da Alesc.
Quase federados
Outro aspecto: O Podemos já está com Jorginho e o PSDB dependerá de algumas conversas com o presidente Marcos Vieira para acertar os ponteiros.
Direção
O União Brasil, que estava próximo a João Rodrigues, agora migra claramente para os braços do chefe do Executivo estadual.
Governistas
Não custa lembrar que MDB e PP estão no governo do Estado. Os emedebistas têm três secretarias e o PP, uma.
Existem, como é natural, insatisfações aqui e ali, mas o quadro que se está formando é muito favorável ao governador. Essa que é a realidade.
Esquentam nos bastidores as apostas de que o PSD e o governador Jorginho Mello podem acertar os ponteiros com vistas ao pleito do próximo ano.
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Já se especulam nomes, evidentemente, mas o que ninguém falou ainda é que pode acontecer com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, pré-candidato ao governo.
Ele teria espaço na chapa? Candidatura ao Senado ou a vice? Ou ficaria de fora lá na undécima hora, o que o tornaria candidato a deputado federal?
O presidente da Assembleia, Julio Garcia, poderia emplacar como vice de Jorginho, deixando as vagas ao Senado para Carol De Toni, do PL; e a outra ao MDB?
São dúvidas que começam a permear os bastidores da política. Também porque quem for o candidato a vice do atual governador tem tudo para completar o mandato lá em 2030.
Para uma liderança como Julio Garcia, seria o coroamento da carreira política. O deputado está há décadas na estrada. João Rodrigues, a seu turno, ainda tem lenha pra queimar. É mais jovem e está há menos tempo na vida pública.
Parceria
Quem vem atuando cada vez mais em finíssima sintonia com o governador é o prefeito da Capital, Topázio Silveira Neto.
Mas é pouco provável que venha compor a majoritária agora em 2026. É o outro nome para o futuro, mais adiante.
Fato
Naturalmente que para Topázio compor com Jorginho no ano que vem, ele teria que renunciar e a vice, Maryanne Mattos, do PL, assumiria nada menos nada mais do que a prefeitura da Capital.
Proporcionais
Aliás, o presidente da Assembleia trabalha com o projeto de candidatar-se a deputado federal. Mas para isso vai precisar de uma nominata minimamente viável, algo que vários partidos estão encontrando dificuldades.
MDB e PP
Mesmo com a super federação com o União Brasil, o PP e seu antigo rival, o MDB, encontram-se em situação semelhante: catando nomes para a disputa a deputado federal.
Até aqui, esse trio de partidos, PSD, MDB e PP, não dispõe, salvo os que já têm mandato, de nomes fortes para a eleição a federal.
Amin
Nesse contexto, o senador Esperidião Amin, que deseja conseguir um feito inédito – a reeleição à Câmara Alta – também pode ficar da majoritária liderada por Jorginho.
E se o PSD estiver na composição, sobrará para ele, assim como para João Rodrigues, concorrer à Câmara Federal.
Timing
Evidentemente que muita água ainda vai rolar até as definições, mas um aspecto está muito claro: enquanto o governador agrega vários partidos e lideranças, João Rodrigues rema e não sai do lugar. Por ora, não pode nem contar com seu próprio partido por inteiro.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.