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Foco na unidade

Por Cláudio Prisco Paraíso
21/06/2024 - 08h39.Atualizada em 21/06/2024 - 08h39

A direção estadual do PP está hoje focada em manter a coesão com vistas às eleições municipais deste ano. Mas vale lembrar que, no ano passado, os deputados Pepê Collaço, Altair Silva e Zé Milton, questionaram os atuais dirigentes sobre a necessidade de uma renovação dos quadros. Entretanto, a pressão, pra variar, não foi bem-sucedida.

O grupo liderado pelo senador Esperidião Amin conseguiu emplacar o ex-deputado estadual e federal, Leodegar Tiscoski, alegando que seria de forma provisória, mas acabou se tornando um encaminhamento definitivo. Ele segue na proa partidária.

E os parlamentares ficaram aguardando uma efetiva renovação, não apenas da executiva, mas também de todo o diretório, porque estavam na expectativa de assumir o comando da sigla. Aliás, os três parlamentares, que estão alinhados ao governo de Jorginho Mello, observaram que Leodegar continua à frente do PP catarinense. Recentemente, acompanhados de Esperidião Amin, Leodegar Tiscoski e o secretário-geral Aldo Rosa, estiveram com Ciro Nogueira, senador pelo Piauí e presidente nacional do partido.

De cima

E é evidente que, considerando que o partido tem um senador, embora não tenha elegido nenhum deputado federal, toda a iniciativa de Amin é respaldada em Brasília.

Definhando

Só que, além de estar perdendo tamanho nas disputas municipais, e isso já observando as últimas eleições, nesta não será diferente nesta.

Envergadura

Há uma incógnita se o PP elege 40 prefeitos das 295 prefeituras em disputa. No passado, o partido rivalizava com o MDB no controle da maioria das administrações catarinenses.

Ali adiante

O que ocorre é que, como os deputados percebem que a renovação partidária não chegará, eles começam a jogar pesado com vistas a 2026.

Quem?

Sim, porque o nome natural do PP para uma composição majoritária em torno da recondução de Jorginho Mello é Esperidião Amin. Integrando a chapa, ele e Jorginho buscariam a reeleição. Ambos se elegeram senadores em 2018 e disputaram o governo em 2022.

Decepção

Aliás, Jorginho ficou desapontado com a falta de apoio do PP. Ele chegou a oferecer a posição de vice para a ex-deputada Ângela Amin. Isso, quer queira, quer não, mesmo que hoje Jorginho Mello e Esperidião Amin estejam bem alinhados, deixou uma marca, porque Jorginho foi para a eleição sem nenhuma coligação, literalmente sozinho.

Aventando

Agora, considerando a postura da direção estadual que não abre espaço para os deputados assumirem a legenda em Santa Catarina, os parlamentares começam a colocar para Jorginho Mello que Esperidião Amin não os representa.

Tamanho

Claro que nenhum dos três estaduais teria condições de emplacar numa chapa majoritária, mas certamente vão buscar outra liderança à frente. E, desejam assim, dar um chega pra lá na velha liderança do PP, na estrada há quase 50 anos.

Calendário

A eleição de 2026 está distante, mas, de qualquer forma, ou o PP busca uma ampla reaglutinação, ou poderá enfrentar dificuldades daqui a dois anos. Sem falar nas projeções para 2024, nada animadoras. Se o partido já está sem musculatura e dividido, estará ainda mais enfraquecido para a próxima disputa estadual.

Ratinho ensaiando voo mais alto?

Por Cláudio Prisco Paraíso
20/06/2024 - 09h56.Atualizada em 20/06/2024 - 09h56

Parece que há mais um presidenciável na praça. É isso mesmo. O governador do Estado vizinho do Paraná, Ratinho Jr., foi reeleito em 2022 e realiza uma exitosa administração. A aprovação do seu governo tem girado em torno de 75%. E isso na média dos principais municípios como Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e por aí vai.
Há aqueles que podem estabelecer o comparativo e dizer que Ratinho é muito jovem, enquanto Ronaldo Caiado é bem mais experiente. Na verdade, o goiano já vai avançando bem na idade e governa um estado menor econômica e eleitoralmente do que o Paraná. Caiado já colocou o bloco na rua.
Então, começa-se a observar o surgimento de dois nomes do Centro-Oeste para baixo. Tem Romeu Zema, também reeleito em Minas Gerais, mas que ultimamente anda meio quieto, mergulhou.
Sempre lembrando, é Tarcísio de Freitas, eleito por Jair Bolsonaro para o poderoso estado paulista. Será que ele renunciaria para concorrer à Presidência, considerando-se que está no primeiro mandato? Há dúvidas quanto à disposição do mandatário paulista para encarar tal empreitada.

Dupla

Mas aí já estão colocados, pelo União Brasil, Ronaldo Caiado, belíssimo candidato, aliás, um homem qualificado; e Ratinho Júnior, pelo PSD do Paraná.

Sem chance

E Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul? Fora do páreo. Ele renunciou ao seu primeiro mandato para se colocar no processo sucessório nacional de 2022. Acabou preterido dentro do PSDB. Ficou sem espaço e disputou novamente o governo gaúcho. Mesmo tendo renunciado. Numa situação inédita, de 1982 para cá, quando do restabelecimento das eleições diretas para governadores, pela primeira vez os gaúchos deram novo mandato a um chefe de Executivo estadual.

Embretado

Só que atualmente, Leite não terá a menor condição de renunciar. Primeiro que seria o repeteco, a segunda vez que abriria mão do mandato. Segundo porque os vizinhos foram vítimas de uma catástrofe climática sem precedentes na história. O RS vai necessitar não de anos, mas de duas décadas para se recuperar em plenitude.

Na proa

Isso implica em ter um governador atuante e firme agora. Eduardo Leite pode vir com a ideia de que, como presidente, injetaria mais recursos no Rio Grande. Não colaria porque a chance de Eduardo Leite concorrer é limitada. A de se eleger, ainda mais.

Pés no chão

Agora, o que o Rio Grande está necessitando não é uma aventura eleitoral. É alguém que, como governador, pela primeira vez tendo sido reconduzido fora do cargo, enfrente os desafios para deflagrar o processo de reconstrução.

Quem fica

Por ora, portanto, temos Ronaldo Caiado com o bloco na rua, Ratinho Jr. se insinuando, Zema mergulhado e Tarcísio de Freitas sob uma gigantesca incógnita.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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