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Povo acuado pelo regime

Por Cláudio Prisco Paraíso
06/09/2025 - 08h23

É grande a expectativa em relação ao 7 de setembro, que neste ano cai em um domingo. A data cai justamente entre as duas semanas do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. Porque o Supremo pautou o julgamento para coincidir com o 7 de setembro? Seria para medir a reação popular?

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O articulista, particularmente, não acredita em grandes mobilizações. Já nas últimas manifestações conservadoras registramos certo ceticismo, que acabou confirmado. A perseguição imposta a pessoas comuns, que ousaram questionar o consórcio, colocou o povo brasileiro — que banca essa farra — contra a parede. Mas, voltando ao julgamento, todos sabem que não passa de uma farsa.

Roteiro

Há um rito condenatório por antecipação. E a classe política precisa prestar atenção. Se não houver reação popular, só restarão dois caminhos após a condenação de Jair Bolsonaro.

O Brasil voltou

Um caminho é o recrudescimento da realidade atual: liberdades cada vez mais comprometidas, ditadura da toga e o consórcio Supremo–Planalto operando de olho em 2026.

Covardes

O outro caminho seria uma improvável reação do acovardado Congresso. A Câmara poderia abrir o debate sobre a anistia, enquanto o Senado apreciaria o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, já subscrito por 41 senadores. Mas Davi Alcolumbre, parte do consórcio, engavetou o pedido, enviando-o à advocacia do Senado sem prazo de devolução.

De fora

Mas há ainda uma alternativa externa: uma intervenção mais aguda dos EUA. Sob Trump, o Tio Sam já aplicou sanções, cancelou vistos de autoridades, usou a Lei Magnitsky contra Moraes e impôs o tarifaço. Está claro que a ofensiva americana é política, não apenas comercial.

Olho por olho

Se o Congresso não reagir, novas sanções virão — possivelmente atingindo Alcolumbre e Hugo Motta. Mais taxações sobre empresas podem pressionar o setor produtivo a exigir do Congresso medidas como a anistia ou o impeachment de Moraes.

Condição

A anistia e o impedimento do ministro já são condições sine qua non para evitar que a situação financeira do Brasil, quebrado novamente pelo PT, se agrave ainda mais.

Realidade

A gestão de Lula III acabou. O país foi arruinado pela gastança, pelo descontrole fiscal e pela corrupção que voltou a explodir em estatais e fraudes no INSS.

Uma hora acaba

Como diz a sabedoria popular: não há mal que dure para sempre. Estamos chegando ao limite. É nesse momento que veremos se o Congresso reagirá em defesa da democracia ou se continuará submisso às regras ditatoriais do consórcio Supremo–Planalto.

A conferir!

Nau à deriva

Por Cláudio Prisco Paraíso
05/09/2025 - 08h06

A União Progressista bateu em retirada e desembarcou do governo Lula. A federação, formada pelo PP e pelo União Brasil, dois pilares do famoso Centrão, decidiu romper de maneira oficial e antecipada.

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Se entregaram os cargos com tanta antecedência — a 13 meses das eleições — é porque já não acreditam mais na recuperação de Lula III. E não se trata de jogo de cena: quem não seguir a decisão sofrerá consequências partidárias via regimento da federação, Conselho de Ética e, em último caso, expulsão. O movimento deixa em péssima situação o senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado, alinhado ao Planalto e ao STF, peça-chave do consórcio.

Currículo

Alcolumbre é figura marcada pela dependência e pelas amarras políticas. Tem processos e interesses que o prendem ao Supremo, além de manter suas indicações em agências reguladoras, ministérios e espaços da Esplanada. Sua postura é de submissão total ao consórcio Lula-STF.

Esplanada

Agora, a pergunta é inevitável: como fica Davi Alcolumbre? Será pressionado por Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP)? Ou será tratado como exceção?

Rotina

A tendência é clara: Lula enfrentará cada vez mais rupturas semelhantes. O mesmo pode ocorrer com MDB, Republicanos e, inevitavelmente, com outras siglas que hoje compõem sua base.

Incógnita

E o PSD? Com três ministérios, segue em cima do muro. Mas até quando? O presidente nacional Gilberto Kassab é homem de confiança de Tarcísio de Freitas, que já fala como liderança nacional, defende a anistia e sinaliza como presidenciável em 2026. O PSD não poderá protelar indefinidamente.

Respingos

Essa demora desgasta o partido em Santa Catarina. O caso mais visível é o do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que se apresenta como “bolsonarista-raiz”, mas segue atrelado a um partido que ainda apoia Lula. Contradição gritante.

Governador

Por outro lado, a saída da União Progressista favorece o governador Jorginho Mello, que consolida a federação em seu projeto de reeleição, com Esperidião Amin candidato natural à reeleição ao Senado.

Ventos favoráveis

O cenário fortalece Jorginho Mello e amplia o isolamento de João Rodrigues. O prefeito de Chapecó segue sem viabilidade, sem discurso e sem base partidária sólida.
Sua pré-candidatura, que já patina há um ano, fica ainda mais enfraquecida diante do quadro político nacional que não conspira a seu favor.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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