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MDB quer mais espaço

Por Cláudio Prisco Paraíso
17/01/2025 - 09h15

Reviravolta no ambiente político catarinense, particularmente no que diz respeito à reforma do secretariado de Jorginho Mello. Já era dada praticamente como inviável a ampliação dos espaços do MDB no primeiro escalão.

Permaneceria apenas o deputado estadual licenciado, Jerry Comper, à frente da Infraestrutura. Mas, graças a conversações de bastidores nas últimas horas, houve uma evolução que pode levar o MDB a ocupar mais duas posições no colegiado. Além de Comper, na pasta de Meio Ambiente Economia Verde, o Manda Brasa indicaria um deputado estadual.

São três alternativas. Os titulares Volnei Weber ou Tiago Zilli; ou, circunstancialmente, o primeiro suplente, no exercício do mandato, Emerson Stein. 

Essa secretaria foi declinada por Carlos Chiodini, deputado federal e presidente estadual do MDB, mas aí surgiu a ideia de que Chiodini poderia ir para a Agricultura.

Cavalo-de-pau

Pasta que o deputado estadual Antídio Lunelli já havia aceitado. Ele, no entanto, recuou diante de restrições do governador para que ele ocupasse e indicasse nomes da esfera administrativa da secretaria. 

Conterrâneos

Como Chiodini, Antídio também é de Jaraguá do Sul, o que facilita com que o empresário e deputado Lunelli assimile essa mudança e o ingresso de maneira mais efetiva do MDB no governo. Já com uma sinalização, claro, para o projeto de reeleição de Jorginho Mello.

Na Alesc

Tem outro detalhe que não pode ser desconsiderado. O próprio Antídio Lunelli é um nome cotado para compor chapa com Jorginho Mello. Então, ele continuaria na Assembleia e outros dois emedebistas chegariam ao secretariado. 

Retorno

E com um detalhe: com Chiodini na Agricultura, volta a exercer o mandato em Brasília o primeiro suplente Luís Fernando Cardoso, o Vampiro, de Criciúma. Por quatro meses, ele já atuou na Câmara. Foi durante o período de licença de Carlos Chiodini para concorrer à Prefeitura de Itajaí no ano passado.

Subindo

Assim como também na Assembleia, com mais um estadual no colegiado, abre-se um espaço para um outro suplente. 

Jogo do PSD

Agora, o que está incomodando alguns setores da bancada do MDB e do próprio partido é que o deputado Mauro de Nadal, de alguma maneira, se apresenta refratário a esse encaminhamento, justamente pela sua proximidade com as principais lideranças do PSD. 

Retribuição

Destaque, naturalmente, para Julio Garcia, que foi quem avalizou a sua eleição à presidência da Assembleia para um mandato de dois anos que expira agora em 1º de fevereiro. 

Mauro de Nadal retribuiu o gesto e também trabalhou no sentido do retorno do pessedista para um quarto mandato à frente do Legislativo Estadual. 

Calendário

Só que, hoje, enquanto está na presidência, Mauro de Nadal atrapalha as negociações. Mas, a partir do dia 2, na condição de deputado, aí fica tudo mais fácil para o MDB selar esse acordo com o governador Jorginho Mello. Antes disso, nada de concreto deve mudar no que se refere ao MDB e sua relação com o governo estadual.

Posturas diferentes

Por Cláudio Prisco Paraíso
16/01/2025 - 08h32

Assim que foi noticiado na mídia nacional, a intenção de Lula da Silva de trazer o PSD ou o MDB para compor a chapa que ele pretende encabeçar na reeleição de 2026, foi um alvoroço aqui em Santa Catarina. Não da parte do MDB.

A turma do Manda Brasa mergulhou e, consequentemente, silenciou. Mas o PSD, não. Até porque o partido tem um pré-candidato, já apresentado, ao governo do estado, o prefeito João Rodrigues. Diferentemente dos emedebistas, que têm o nome do deputado Antídio Lunelli sempre lembrado. Mas ainda sem definição.

Ele inclusive disputou a convenção em 2022 para concorrer ao pleito, mas foi derrotado pela corrente que garantiu o ex-prefeito Udo Dohler na chapa encabeçada pelo então governador Carlos Moisés.

Hoje, Antídio é lembrado também como o nome para compor a majoritária com Jorginho Mello em 2026. Mas, declarado mesmo, com bloco já na rua, apenas João Rodrigues. Ele já ameaçou inclusive desembarcar do partido, caso o PSD de Gilberto Kassab figure na chapa do atual inquilino do Planalto.

Pacote

A ameaça de João de Rodrigues não é apenas se o PSD indicar o vice de Lula, vale, também, se o partido apoiar o petista. O caminho dele, nestes casos, seria buscar abrigo em outra sigla.

Caminhos

E aí, quais seriam as alternativas para o prefeito chapecoense, o PP progressista ou União Brasil? No PL de Jorginho Mello, seria improvável. No Republicanos, igualmente. A legenda é comandada pelo deputado federal Jorge Goetten, intimamente ligado ao governador.

Em casa

O vice-presidente do Republicanos em SC vem a ser o irmão do governador, Juca Mello. Então seriam apenas duas alternativas. Só que o PP já tem um nome majoritário, Esperidião Amin. O senador mira a reeleição.

Juntos

Esperidião poderia compor com o João Rodrigues, mesmo na condição de correligionário? Sim. Mas se a ideia é agregar os dois no mesmo partido, eles já ocupariam duas das quatro posições. E restaria então O União Brasil a Rodrigues.

Racha

Só que o noticiário nacional desta semana dá conta que o partido, o UB, está rachado e um segmento considerável não deseja candidatura à presidência e sim respaldar Lula da Silva, ignorando olimpicamente as pretensões do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que corre o país na condição de pré-candidato.

Baiano

Há, ainda, ACM Neto, que respalda Caiado e é contra uma aproximação com o PT, além, evidentemente, de um bom número de deputados do União. Do mesmo, não se fala de senadores e nem mesmo de lideranças da União Brasil, especialmente quando olhamos para o Norte e o Nordeste, onde alegam que apoiar Lula representaria um crescimento maior do partido do que buscar uma candidatura própria na figura de Caiado.

Descarte

Então, João Rodrigues já não teria o União como opção.  Ou seja, tanto o União quanto o PSD andam sem saber pra onde caminhar. Além do próprio MDB. Onde tiver uma canoa, eles colocam um pé, um dedo, um joelho, seja o que for.

Tripé

Será que os três partidos vão liberar geral? O PSD e o MDB não têm candidatos viáveis? Ratinho Júnior, do Paraná, pelo PSD, não seria uma opção? Ele vai ao Senado. Está na cara. E o MDB teria Simone Tebet, mas ela é ministra do planejamento de Lula. Quando muito poderia compor de vice. Ela disputou a eleição passada e ficou em terceiro lugar.

Embaralhado

O quadro está absolutamente indefinido. E o desfecho presidencial vai influenciar nos estados. Nesse momento, João Rodrigues não sabe muito bem por onde vai caminhar em 2026, considerando-se que aqueles partidos alternativos ao PSD poderão estar também na mesma balada dos seus atuais correligionários.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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