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Mauro de Nadal governador

Por Cláudio Prisco Paraíso
11/06/2024 - 09h05.Atualizada em 11/06/2024 - 09h05

Jorginho Mello, no mês de julho, provavelmente no início da segunda quinzena, segue para Portugal. Tem uma agenda semanal, cujo ponto alto será o início dos voos diretos da TAP entre Florianópolis e Lisboa, o que vai dar um incentivo considerável ao turismo catarinense. Isso também representará um reforço ao estado vizinho dos nossos irmãos gaúchos, que continuam sendo castigados por uma tragédia.

Jorginho Mello aproveita essa oportunidade para provocar uma situação que tem tudo para ter relação direta com a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia, em 1º de fevereiro do ano que vem.

Afinal, a definição em torno do novo comando da Alesc coincidirá com o período da próxima disputa estadual, em 2026. A vice-governadora também cumprirá uma missão internacional no mesmo período, permitindo a investidura do presidente da Assembleia, Mauro Nadal, como interino à frente da administração estadual.

Influência

Essa costura sinaliza a intenção do governador de trazer o MDB para o eixo do PL, considerando-se as articulações para a eleição dos novos dirigentes do legislativo estadual.

Força

Com os seis deputados do MDB e os 12 do PL, somam-se 18. A nova mesa é eleita com 21 votos. Os três do PP já estão alinhados com o governador do estado. Quem tem 21 votos pode ter uma maioria sólida, já que a eleição agora é por voto aberto, o que reduz a possibilidade de traições históricas.

Presidência consolidada

Em 2023, Mauro Nadal tinha 26 votos, uma vitória certa. Vale lembrar que a conquista contou com o aval do deputado Júlio Garcia, que já presidiu a Casa em três oportunidades

Lealdade

No contexto pessoal, Mauro não teria como se opor a uma eventual tentativa de Garcia por um novo período no comando da Assembleia.

Histórico

Entretanto, vale lembrar que, na última eleição como presidente, Júlio Garcia recebeu a visita da Polícia Federal e ficou em prisão domiciliar por um período, afastado da presidência da Assembleia. Com novas delações e processos envolvendo Júlio Garcia, resta saber se ele vai enfrentar esse risco novamente ou se articulará em favor de outro nome para a presidência do Legislativo estadual.

Partidário

Se os outros cinco deputados do MDB decidirem fechar com o governador, Mauro seguiria a orientação da bancada. Tudo indica que a situação caminhará nessa direção.

Sucessor

O nome visto com naturalidade para a presidência no primeiro ano é o do representante de Joinville, Fernando Krelling.

Divisão

No segundo ano, a pilotagem da Alesc ficará com o PL. O nome natural seria o da recordista de votos, não apenas do PL, mas de toda a Assembleia, com quase 200 mil sufrágios, Ana Campagnolo.

O recadaço de Bolsonaro a João Rodrigues

Por Cláudio Prisco Paraíso
10/06/2024 - 11h46.Atualizada em 10/06/2024 - 11h47
Bolsonaro e João Rodrigues durante passagem do ex-presidente a Chapecó - Foto: Divulgação

Agora está explicado porque João Rodrigues, prefeito de Chapecó, que esteve no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, não foi a Copacabana e nem marcou presença nas agendas do ex-presidente em Balneário Camboriú, Camboriú e São José.

Faz uns dois meses que o oestino mergulhou, submergiu, parou de gravar vídeos defendendo o ex-presidente e as pautas caras ao conservadorismo.

A explicação é clara. Bolsonaro comunicou a João Rodrigues que, se ele deseja ser candidato ao Senado em 2026 com o apoio do líder da direita nacional, precisará trocar o PSD pelo PL. Não há hipótese de o PSD estar na chapa com o PL daqui a pouco mais de dois anos.

Jair Bolsonaro quer distância do partido comandado por Gilberto Kassab. Com esse movimento, Bolsonaro já deixa muito claro que o candidato dele a governador atende pelo nome de Jorginho Mello.

Aliás, o ex-presidente já havia dito que João Rodrigues é nome para o Senado. Quando esteve em Chapecó, Bolsonaro, ao ouvir os áulicos do prefeito gritarem o nome de Rodrigues para governador, ele se manifestou, afirmando que era João Rodrigues senador, não governador.

Em relação às eleições municipais deste ano, o PL aguarda uma posição do prefeito. Se o PSD quiser compor, o nome para vice é o do empresário Leandro Sorgatto, presidente do PL chapecoense. Ele é filho do ex-deputado Gelson Sorgatto.

Se João Rodrigues confirmar o nome de Eron Giordani como vice, não fazendo o que Topázio Neto, prefeito de Florianópolis, está fazendo ao ceder o espaço de vice aos liberais, o PL lançará candidato. Ou melhor candidata. O nome que está nos planos do governador é o da deputada federal Daniela Reinehr.

Como o PT já lançou o nome de Padre Pedro Baldissera ao pleito chapecoense, a divisão da direita, numa eleição de turno único, poderia favorecer os petistas, que são fortes na cidade e na região.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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