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Lula mais perdido do que cego em tiroteio

Por Cláudio Prisco Paraíso
26/02/2025 - 08h31

Não há nada que esteja muito ruim que não possa piorar. Isso é uma tradução para o governo Lula, governo esse que está mais perdido do que cego em tiroteio, que nem biruta de aeroporto.

É um governo que o presidente da República, além de estar derretendo nas pesquisas de opinião, o petista pilota um governo que está caindo pelas tabelas.

Não é apenas a desaprovação administrativa, mas também a rejeição ao presidente que está nas alturas. Por muitos e muitos anos, por vezes, os governos do PT, inclusive do próprio Lula, iam mal, mas a performance dele continuava inabalável.

O grande problema é que o Lula de hoje não é o Lula do início do milênio, quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, e reeleito, em 2006, apesar do mensalão. E, depois, do petróleo. Mesmo assim, ele foi muito bem.

O Lula de hoje, além da idade mais avançada, seguramente apresenta prejuízos de ordem cognitiva. Só pode ser essa a explicação, porque é um tiro atrás do outro no próprio pé.

O presidente, que sempre falou de improviso, vai precisar ser brifado, porque a cada fala o rombo aumenta.

Respingos

E a partir do momento em que o desarranjo econômico-financeiro ganha densidade e é percebido pela opinião pública, consequentemente, o governo passa a ter dificuldades no Congresso Nacional.

Movimento

Teremos agora, no próximo dia 16, uma grande mobilização “Fora Lula.” Ninguém quer saber de impeachment, porque impeachment implica na ascensão de Geraldo Alckmin assumir a proa. É isso que os conservadores não desejam.

Calendário

Mas, mesmo que esse venha a ser o desfecho, a grande verdade é que isso leva tempo.  A abertura, suponhamos, em meados do ano, de um pedido de impeachment, se as ruas estiverem mobilizadas, se o asfalto estiver sendo ocupado, é assunto para encerrar no Senado, com a cassação do mandato, quase às vésperas do período pré-eleitoral.

Abismo

Vejam a gravidade da situação, e o presidente Lula enrolando nessa questão da reforma ministerial, prometida e aventada desde setembro, outubro do ano passado, antes mesmo das eleições municipais, onde o desempenho do PT foi vergonhoso e, a derrota foi acachapante.

Pela imprensa

Agora, parece que Lula realmente vai demitir a ministra da Saúde e colocar lá o deputado Alexandre Padilha, que já ocupou esse ministério no governo Dilma Rousseff. Só que ele hoje é o responsável pela articulação do governo. Aliás, articulou muito mal nesses pouco mais de dois anos.

Coleção

O governo foi muito mais derrotado na Câmara e no Senado do que vitorioso. Verdade que aprovou pautas estratégicas, mas aí não dá para se posicionar de forma contrária.

Quem manda

Agora a grande verdade é que o centrão vai fazer uma série de exigências. O centrão é pragmático, frio e calculista. Ou Lula abre o governo para seus parlamentares, oferecendo vários ministérios, ou a coisa vai começar a se complicar, antes mesmo da eventualidade de um pedido de impeachment.

Dificuldades

O governo não vai conseguir mais aprovar nada, até porque o Congresso já percebeu que não vem pacote fiscal, não vem corte de gastos públicos, não vão tentar arrumar as contas do governo. E com isso, a tendência é que a recessão chegue, com o desemprego e o poder aquisitivo cada vez mais aniquilado. Quadro que está colocando praticamente o governo a nocaute.

Aniversário vermelho

Por Cláudio Prisco Paraíso
25/02/2025 - 08h07

No último sábado, PT completou 45 anos. Comemoração que reuniu Lula da Silva e as principais lideranças partidárias.  O presidente procurou, de alguma maneira, reconhecer equívocos administrativos, mas quase todos direcionados à falta de comunicação do próprio governo com a sociedade.

O que é um equívoco brutal.  Não adianta querer comunicar o que objetivamente não existe, que são ações reais e efetivas do governo Lula em meio ao descontrole econômico, financeiro e fiscal.

E não passam de conversa mole anúncios e discursos que há muitas iniciativas de políticas públicas, de atendimento social, do brasileiro.

Tem muita lorota e quase nada de concreto. O governo está gastando com atividade meio e não atividade fim, gastando muito e mal. E com detalhe: sempre querendo tributar mais o brasileiro; seja o empresário, a pessoa jurídica, seja o trabalhador, a pessoa física.

Comunicação

O problema não é de comunicação, o problema é de gestão. O que nós temos hoje no Brasil é um desgoverno. Simples assim. E isso está traduzido nas mais variadas pesquisas de opinião nas últimas semanas, inclusive institutos simpáticos, historicamente, a Lula e ao PT.

Respaldo

E aí Lula da Silva pede o apoio do partido. Para ele, o partido tem que fazer a defesa do governo. Ocorre, contudo, que o partido está rachado. A manifestação do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o tal de Kakay, acostumado a todas as benesses imagináveis e inimagináveis de Brasília, não foi uma indireta, foi uma direta na direção da primeira-dama. Kakay coloca que o presidente está sequestrado, está inacessível. E está mesmo.

Costas largas

Agora, evidentemente, que não é possível querer responsabilizar a Janja da Silva, e todo seu deslumbramento baixo nível, por tudo que está indo mal. É um pretexto que não fica de pé. A grande verdade é que Lula da Silva não está se aconselhando com aqueles que sempre o sustentaram, especialmente Zé Dirceu, que sempre foi a cabeça do partido.

Voz de fundo

E essa manifestação de Kakay tem por trás Zé Dirceu, que, no sábado, estava lá no evento do PT, já avisando que é candidato federal por São Paulo em 2026.

Surdez

Lula não está mais ouvindo Zé Dirceu, nem outras lideranças. Agora, a realidade é que esse Lula 3 não é o Lula 1 e 2.  E não é apenas por não estar ouvindo, escutando seus conselheiros tradicionais e de repente estar dando ouvidos em demasia a alguém que não sabe fazer política, que é Janja da Silva.

Mudou

Ele, Lula da Silva, essa que é a realidade, mudou depois da prisão. Isso é inquestionável. A idade chegou.

Desespero

A situação é tão desesperadora para o PT que muitas lideranças históricas estão preocupadas de que Lula da Silva, se não concorrer à reeleição, venha a fazer com a primeira-dama o que fez com Dilma Rousseff, lançá-la à presidência. Contexto que traz fortes reações de figuras históricas do PT que ajudaram a fundá-lo há 45 anos, em 1980.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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