Esperidião Amin orgulha Santa Catarina. O Estado emprestou e empresta ao Brasil um dos mais completos e talentosos senadores da República.
Além de honrado, atuante e preparado, essencialmente articulado, o catarinense demonstra coragem nesse momento em que o Estado brasileiro está sendo aparelhado sob Lula III, pelo governo do PT e com a ajuda do Supremo Tribunal Federal. Especialmente na figura do imperador Alexandre de Moraes.
Em entrevista a uma emissora nacional, Amin colocou o dedo na ferida. E foi duro, dizendo que o Brasil não pode continuar na toada em que se encontra, onde Alexandre de Moraes simplesmente determina absolutamente tudo na República.
Inclusive na Controladoria Geral, na Polícia Federal e na ABIN. Este tripé encontra-se devidamente aparelhado. Alexandre de Moraes não permite que essas instituições forneçam as informações que vêm sendo solicitadas desde o mês de outubro pelo Senado da República. Mais uma clara afronta, um deboche, na direção no Legislativo.
Ale e sua turma
Esperidião Amin se insurge contra essa situação porque simplesmente o Congresso Nacional está sendo desrespeitado por uma única pessoa. Os outros 10 ministros, a esta altura do campeonato, se transformaram em auxiliares de Alexandre de Moraes.
Adesões
O senador catarinense, com seu comportamento, com a sua atitude, faz com que outros senadores também se movimentem.
Grito
Tanto é que, ato contínuo à manifestação de Amin, uma comissão de senadores foi a Rodrigo Pacheco protestar, pedindo o respeito às prorrogativas do Senado e aguardando uma posição até essa sexta-feira, 2. Se nada ocorrer, o grupo iria novamente a público relacionar as prerrogativas que estão sendo ignoradas pelo Supremo em relação ao Senado.
Hummmm
Rodrigo Pacheco prometeu acolher as reivindicações. Resta saber se tal promessa será cumprida. O mineiro não passa de um capacho, um vassalo, um serviçal do Supremo e do Governo Federal sob Lula III.
Tribunal da inquisição
Enquanto isso, o diminuto imperador segue avançando. Ele criou um serviço secreto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um núcleo de “inteligência” que será composto por ele próprio, evidentemente, e mais 3 coronéis das Polícias Militares de Brasília, Minas Gerais e Bahia. A ditadura se expandindo e ficam falando em nome da democracia, do Estado de Direito, bla bla blá. E a claque aplaudindo. Vamos ver até onde segmentos da sociedade hoje delirantes com o vírus do autoritarismo vão bater palmas lambendo as botas do regime.
Timing
Precisa haver uma reação. Caso ela não ocorra por parte de Rodrigo Pacheco, que pelo menos o presidente da Câmara, Arthur Lira, se posicione. Já foi um grande sinal o fato dele não ter comparecido àquele espetáculo deprimente em que a “democracia inabalável” reuniu ministros do STF e integrantes do governo no mês passado para “celebrar” o 8 de janeiro.
Depressão
Espetáculo deprimente, esvaziado e que não mereceu apoio nem do grosso da classe política. Poucos governadores apareceram. Lira também não foi. Como também não compareceu na quarta-feira, quando Pacheco e Lula estavam juntos na retomada das atividades do Supremo.
Recado
A seu turno, o alegre Luiz Roberto Barroso teve a coragem de dizer que o equilíbrio, a harmonia e a independência entre os poderes estão preservados. Talvez na Inglaterra, nos EUA.
Ausente
Cara de pau esse Barroso. Lira mais uma vez não foi. Talvez porque dois deputados tiveram o gabinete visitado pela PF em 2024 e nada se diz, nada se faz. Suas residências foram igualmente frequentadas pela polícia.
Como assim?
E a inviolabilidade do mandato? A Constituição Federal está sendo rasgada à luz do dia há vários anos. As supremas togas a aplicam como bem entendem, conforme as conveniências. Neste momento, tudo vale para perseguir os conservadores. Enquanto o PT, a esquerda e seus braços fazem o que querem, quando querem e como querem.
Gota d’água
Passou dos limites. O povo brasileiro está a cada dia mais incomodado e politizado. Esse ano não terminará sem que o STF puxe o freio de arrumação sob pena de as reações ganharem uma dimensão poucas vezes vistas neste país. Chega de arbítrio, chega de autoritarismo, chega de ditadura.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.
VER TODAS