A nova investida contra Jair Bolsonaro reacende o debate sobre os excessos do Judiciário manipulado pela psicopatia de um ator caricato e lunático. A percepção cada vez mais é ascendente presente em grande parte da classe política, de que o Supremo Tribunal Federal ultrapassou limites que deveriam ser exclusivamente constitucionais.
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As críticas ganharam força novamente diante da avaliação de que a prisão preventiva necessita ser validade com base de provas sólidas, crime definido e um processo minimamente equilibrado.
Para esse grupo, não se trata apenas de uma medida judicial controversa, mas de um capítulo que aprofunda a sensação de desequilíbrio entre os poderes. Cada decisão polêmica amplia a interpretação de que existe uma narrativa construída para isolar adversários políticos, algo que torna o ambiente institucional ainda mais tenso.
O que se observa é um país dividido entre duas leituras — a jurídica, que tenta se sustentar em argumentos formais, e a política, que enxerga perseguição e desvio de finalidade. Quando essas duas esferas se chocam — como tem acontecido com frequência — o resultado a instabilidade, a revolta.
A adesão de lideranças tradicionais ao discurso de apoio explícito ao ex-presidente mostra que o tema ultrapassou o campo jurídico e entrou de vez no xadrez eleitoral. O gesto é político, a crítica é institucional e as consequências, inevitavelmente, respingam no cotidiano do brasileiro.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.
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