Na imagem, o detalhe do tênis Zegna de Lula e sua meia colorida - Foto: Reprodução Luiz Inácio Lula da Silva sempre tentou encarnar a figura do líder popular, aquele que se apresenta como a voz dos pobres, defensor dos trabalhadores e um militante de combate à fome. No entanto, os gestos históricos, desde o triplex do Guarujá e tantos outros que o levaram à prisão revelam um contraste gritante entre o discurso e a prática.
:: Quer receber notícias, gratuitamente, por WhatsApp? Acesse aqui
Durante um evento em Sorocaba (SP), na última quinta-feira, 21 de agosto, Lula fez graça exibindo uma meia para comparar com a tornozeleira eletrônica de Jair Bolsonaro. Mas o detalhe que chamou atenção não foi a piada, mas o fato de que o presidente calçava um tênis da marca Zegna, avaliado em cerca de R$ 8 mil reais.
A pergunta que se faz mediante sua hipocrisia é inevitável: que comunismo é esse? O mesmo homem que defende a bandeira da igualdade, que posa como inimigo da elite, exibe com naturalidade um artigo de luxo inacessível para a imensa maioria do povo brasileiro. A mensagem subliminar é clara: pobreza para vocês, riqueza para mim.
A cena expõe a dissimulação de um líder que se autoproclama popular, mas que, na prática, usufrui de privilégios típicos da elite que ele diz combater. A retórica comunista cai por terra quando confrontada com o luxo da vida pessoal. É o retrato de um “falso comunista”.
Além de péssimo governante, Lula se apropria do discurso da simplicidade para manipular, mas que, no fundo, desfruta do que há de mais caro e exclusivo. E que “seu povo”, se dane
Após dias que já se passaram desde o decreto de sua prisão domiciliar, interlocutores de Jair Bolsonaro observaram na última sexta, 15 de agosto, ao blog, que o ex-presidente voltou a enxergar uma luz no fim do túnel.
:: Quer receber notícias, gratuitamente, por WhatsApp? Acesse aqui
Durante bate-papo com alguns assessores parlamentares na Alesc, eles observaram que as constantes ações de seus aliados no Congresso recolocou a anistia no centro do debate político, reacendendo a esperança de recuperar seus direitos políticos.
A estratégia também agora passa por convencer o Centrão a embarcar na ideia em troca do fim do foro privilegiado — algo que mexeria diretamente com os inquéritos sobre parlamentares.
Ao mesmo tempo, a pressão externa de Donald Trump tem reforçado esse cenário. O tarifaço de 50% contra o Brasil e a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes mostraram que o presidente americano está disposto a usar seu peso para defender Bolsonaro e constranger as instituições brasileiras.
Segundo eles, o capitão aposta que a combinação entre rebelião interna e pressão internacional pode, cedo ou tarde, forçar uma reviravolta. Resta saber se a realidade confirmará essa expectativa ou se a luz no fim do túnel não passará de miragem.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.