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Açodamento estadual

Por Cláudio Prisco Paraíso
07/08/2024 - 08h33.Atualizada em 07/08/2024 - 08h33

Já temos candidato a governador na praça. É isso mesmo, João Rodrigues, prefeito de Chapecó, que é candidato à reeleição.

Rodrigues, aliás, é favoritíssimo a uma recondução, mas ninguém ganha eleição por antecipação. Estamos falando até aqui das eleições de outubro deste ano, daqui a dois meses. Mesmo assim, no último final de semana, o prefeito Clésio Salvaro, de Criciúma, lançou o correligionário à sucessão estadual. É o primeiro pré-candidato que coloca o bloco na rua com vistas ao processo sucessório estadual.

O governador Jorginho Mello, ao natural, é candidato à reeleição. Mas até hoje ele não se pronunciou nessa direção. Pode até estar montando as candidaturas e as coligações às eleições municipais com esse objetivo. Publicamente, contudo, ninguém o lançou e nem ele assumiu essa candidatura, como já ocorreu com João Rodrigues.

Então, quer dizer que já temos nome para 2026, transformado em pré-candidato, antes de se reeleger no seu município?

De uma coisa, contudo, ninguém pode acusar João Rodrigues. Ele está sendo transparente com o eleitorado da Capital do Grande Oeste. Em caso de reeleição, ficará pouco mais de um ano à frente da Prefeitura, pois terá que renunciar para estar apto a ser postulante ao governo.

Variáveis

Na eventualidade, embora improvável, de uma derrota do prefeito de Chapecó, quando muito ele será candidato a deputado numa eleição proporcional. Ou seja, estão colocando a carroça na frente dos bois.

Ponta firme

Outro aspecto nessa movimentação do PSD em torno de João Rodrigues. Ele e Jair Bolsonaro não se falam há tempos. E o ex-presidente já deixou muito claro que o seu candidato será Jorginho Mello. Ponto. Trocando em miúdos, significa que o prefeito de Chapecó vai disputar o governo à revelia do apoio e das articulações de Bolsonaro.

Correligionários

Chance zero de Jair Bolsonaro apoiar João Rodrigues para o governo. Ele já falou isso diante do próprio prefeito em Chapecó. Durante um ato público, também na presença de Jorginho Mello, quando a claque começou a entoar “João para o governo”, o próprio Bolsonaro corrigiu: “Não, o governo é Jorginho. João é ao Senado.”

Partido

Só que tem um adendo ainda. Recentemente, Bolsonaro mandou avisar que apoiaria a candidatura de João Rodrigues ao Senado. Desde que ele se filiasse ao PL. Em caso de permanência do oestino no PSD, hipótese alguma de estarem no mesmo palanque.

Desafetos

Também porque Bolsonaro está com bronca de Gilberto Kassab, que é o presidente nacional do partido.

Holofotes

Não custa lembrar, ainda, que Salvaro o lançou na convenção que homologou o candidato do PSD à prefeitura de Criciúma. Não que o projeto municipal tenha ficado em segundo plano, mas o que chamou a atenção foi ter dado mais projeção justamente ao lançamento de João ao governo do Estado.

Condicionante

Para que esse lançamento de Rodrigues tenha consistência, Salvaro tem que eleger Vaguinho Espíndola à sua sucessão, o que se constitui hoje em missão desafiadora.

Sintomático

O PSD parece impaciente, inquieto, talvez preocupado com as suas perspectivas eleitorais, especialmente nos quinze grandes municípios, onde tem tudo para eleger dois prefeitos apenas: Juliana Pavan em Balneário Camboriú, por uma barbeiragem do PL; e João Rodrigues em Chapecó, que foi a segunda barbeiragem liberal.

Encolhidos

Numa cidade importante como a Capital do Grande Oeste, os liberais sequer lançaram candidato. O 22 de Jair Bolsonaro, do PL, não estará na urna eletrônica. A homologação foi apenas de chapa proporcional de vereador.

Cartas marcadas

Por coincidência, onde o PL bateu cabeça foi nas cidades onde o PSD apresenta melhores perspectivas. De resto, o PL deverá fazer aí, entre os quinze maiores municípios, no mínimo cinco prefeituras. Se isso se consumar, os liberais podem chegar ao final de outubro com três vezes mais prefeitos eleitos nas maiores cidades do estado.

Prazos eleitorais

Por Cláudio Prisco Paraíso
06/08/2024 - 08h08.Atualizada em 06/08/2024 - 08h08

Encerrou-se ontem o prazo das convenções homologatórias das candidaturas a prefeito e a vereador. Agora os partidos e coligações terão até o dia 15 para formalizarem as composições e os candidatos para o pleito deste ano.

Na sequência, a Justiça Eleitoral fará as avaliações e, em poucos dias, deflagra-se propriamente a  campanha eleitoral.  Num rápido balanço, foi possível observar nesses últimos dias, especialmente nesse fim de semana, quatro convenções em particular. Duas do PL, bem-sucedidas, vigorosas, porque com grandes perspectivas de êxito.

A de Ricardo Guidi, deputado federal e candidato em Criciúma; e a do empresário Robison Coelho, que foi secretário-adjunto de Portos e Aeroportos. Ele disputará em Itajaí. Claro que o governador compareceu, assim como vários deputados estaduais, federais, o senador Jorge Seif e um grande número de lideranças.  O PL apresenta excepcionais perspectivas de eleger os dois, tanto Guidi como Robison.

Deslizes

Diametralmente oposto a isso, o PL fraquejou em dois municípios. Dos quinze maiores de Santa Catarina, foram os únicos dois em que o PL deixou a desejar, e poderíamos colocar isso na conta do governador. Jorginho Mello efetivamente não correspondeu às expectativas, assim como fez praticamente  em todo o estado.

Liderança

Não custa lembrar que o governador, além de comandar a administração estadual,  também é  o presidente estadual do partido.  E esses dois municípios são Balneário Camboriú e Chapecó.  Vamos começar por Chapecó.

Proporcional

Lá, surpreendentemente, o PL vai apenas de chapa à Câmara de Vereadores. Não lançou candidato na majoritária. São apenas três candidaturas na maior cidade do Oeste. Padre Pedro Baldissera pelo PT, uma candidatura do Novo, e a candidatura de João Rodrigues à reeleição, com uma série de partidos, inclusive o MDB, que estava ali conversando com o PL e com o próprio PT.

Reeleição

Mas acabou migrando para o projeto de recondução do pessedista. Favorito absoluto, indiscutivelmente.  Como ninguém ganha eleição por antecipação, tem que se observar o desenrolar dos acontecimentos.

De fora

Mas lá, o 22 não terá candidato na majoritária. Isso fortalece a situação de João Rodrigues, na medida em que ele tem uma ligação com Jair Bolsonaro.

Dubai

O outro município que o PL deixou a desejar foi Balneário Camboriú, e essa é uma situação já pretérita de alguns meses. Havia uma candidatura absolutamente favorita do deputado Carlos Humberto, e acabaram lançando Peeter Grando pelas mãos de Fabrício de Oliveira, que perdeu uma série de partidos e está indo para uma eleição também desafiadora.

Aposta

Em Balneário Camboriú, o PL tinha tudo para eleger o prefeito, e vai ficar no caminho, por falta de articulação do governador, diante de situações e pressões externas as mais variadas.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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