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João Rodrigues se apresenta a SC

Por Cláudio Prisco Paraíso
29/05/2025 - 07h51

Estreou, nesta segunda-feira, a propaganda eleitoral gratuita do PSD fora da campanha eleitoral.

Toda ela dedicada, nas inserções, ao prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues, condição na qual ele se apresenta não apenas como o nome que o PSD vislumbra ao governo do Estado em 2026, mas também para mostrar a sua gestão na capital do Oeste catarinense. Na primeira aparição, Rodrigues concentrou-se na questão relacionada aos moradores de rua. O PSD está deixando muito claro que a pré-candidatura é para valer. Não faz parte de uma encenação.

Portanto, o partido pretende viabilizá-lo como alternativa conservadora para 2026, numa queda de braço com o candidato natural à reeleição, Jorginho Mello.

Isso ficou evidenciado pelo deslocamento de três importantes lideranças para um evento no domingo à noite, em São Paulo, convocado pelo presidente nacional Gilberto Kassab. Rodada que marcou a filiação ao PSD do ex-governador, de três mandatos no Espírito Santo, Paulo Hartung.

Peso nacional

Kassab vai fortalecendo ainda mais o PSD. Na semana passada, filiou Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. No mês passado, já havia arregimentado a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ambos deixando o ninho dos tucanos.

Reunidos

Aliás, todos eles estavam presentes no evento de São Paulo, segunda-feira, assim como Ratinho Júnior, governador reeleito do Paraná, que é o nome natural à presidência da República, embora Eduardo Leite também se apresente como tal.

Fator local

De Santa Catarina, quem foi para esse evento? O presidente da Assembleia, Júlio Garcia; o presidente estadual do partido, Eron Giordani; e o ex-senador, ex-governador e ex-ministro Jorge Bornhausen.

Tripé

Os três, aliás, estão comprometidos com o projeto eleitoral de João Rodrigues. A quarta presença foi a do prefeito da Capital, Topázio Silveira Neto, que administra a principal cidade do PSD em Santa Catarina.

Alinhamento

Ocorre que Topázio já está alinhado com o projeto de recondução de Jorginho Mello, além de defender a tese de que o PSD deve estar na chapa, com Jorginho cabeça e Júlio Garcia como vice.

Pra valer

Feita essa introdução, o que se observa é o PSD demonstrando claramente que pretende compor uma majoritária. Até para reforçar as suas chapas à Assembleia e à Câmara Federal no contexto proporcional.

Siglas

O problema é: quais partidos o PSD vai conseguir atrair? Esse é um ponto crucial, porque a maioria das siglas já está comprometida com Jorginho Mello, como é o caso do PDR, resultado da fusão do Patriota com o PTB; ou do Republicanos, cujo vice-presidente é o irmão do governador, além de ser presidido pelo deputado federal Jorge Goetten e intimamente ligado a Jorginho Mello. Esperidião Amin também entra nessa conta, fazendo todo o trabalho para levar a federação que reúne a União Brasil e o PP à direção de Jorginho Mello.

Governista

O PP está no governo, não fechou ainda, mas está nesse contexto da federação, assim como o União Brasil, pilotado por Fábio Schiochet. E ainda tem o MDB, igualmente instalado na administração estadual, que poderá fazer uma federação com o Republicanos.

Migrando

O Podemos, que estava com João Rodrigues, também já se acertou com Jorginho Mello. E, se tiver federação com o PSDB lá em cima, é mais um partido ao lado do governador.

Isolamento

Sobra quem para o PSD? O Novo, se não estiver com o Jorginho, possivelmente estará numa postura de neutralidade, embora o prefeito de Joinville, Adriano Silva, tenha sinalizado na direção da reeleição do atual governador.

Partido

Nessa toada, não sobra partido algum para João Rodrigues. E nem o seu PSD vai inteiro com ele. Porque Paulinho Bornhausen, secretário de Jorginho Mello, e Topázio Neto, além de outras lideranças pessedistas que serão atraídas, estarão junto ao governador no projeto de reeleição.

Voo solo

Por fim, imperioso registrar que o PSDB parece desejar lançar candidatura ao governo do Estado. Se terá viabilidade eleitoral, aí é outra questão.

Nau à deriva

Por Cláudio Prisco Paraíso
28/05/2025 - 07h43

O governo Lula vai de mal a pior. Literalmente, está batendo-pino. O ano iniciou já com sinalizações claras em relação ao projeto de reeleição. Por conta de uma série de desacertos administrativos e econômicos que afundaram a credibilidade do governo no exercício de 2024.

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Daí entramos em 2025 e a deidade vermelha trouxe o marqueteiro que o elegeu em 2022 para arrumar a casa, oferecer as boas notícias e viabilizar o projeto da recandidatura. E o que ocorreu? Absolutamente nada.

É uma notícia pior que a outra. E uma atrás da outra. Vamos ficar só com uma delas: a cereja do bolo. O roubo de R$ 6 bilhões em relação aos aposentados e pensionistas. Recursos esses subtraídos com envolvimento de sindicatos, ONGs e instituições, um deles pilotado pelo irmão do presidente da República.

Se o Brasil fosse uma democracia e um país sério, isso seria um escândalo de proporções colossais.

No bolso

A fervura da tunga aos aposentados nem esfriou e agora veio o episódio do aumento da alíquota do IOF, que mostra que o governo não fala a mesma linguagem. É Fernando Haddad reclamando de Rui Costa, o ministro-chefe da Casa Civil, e vice-versa. Eles não se entendem. Ambos têm expectativa de se transformarem no sucessor de Lula da Silva para 2030.

Calendário

Mas, a grande verdade é que não se sabe se essa candidatura de Lula da Silva vai efetivamente se viabilizar em 2026. O Congresso já manda sinais, não aceita mais impostos. Aliás, o brasileiro não aguenta mais ser achacado por essas figurinhas mais do que carimbadas.

Nas alturas

Sim, porque a majoração do IOF, imposto sobre operações financeiras, não alcança apenas a Avenida Faria Lima, mas atinge em cheio a classe média. E também a baixa, no caso os mais desfavorecidos.

Campeões

Eles querem arrecadar mais de R$ 20 bilhões em 2025 e mais de R$ 40 bi em 2026. Tudo motivado porque esse grupelho que comanda o país descarta qualquer possibilidade de corte de gastos. O governo Lula III nunca esteve tão parecido com o governo Dilma II. Com um agravante. O quadro é mais periclitante e desesperador do que lá em 2015 e 2016, quando ela sofreu impeachment.

Peso morto

Aliás, impeachment que Lula não sofrerá, porque nem a oposição tem mais interesse em derrubá-lo; ela não quer Geraldo Alckmin como presidente. O desgaste é tamanho que não há o que fazer para reverter a situação. E eles usam a fórmula surrada, batida, de sempre: inventar programas sociais. Vão isentar a energia elétrica e já falam até num programa para facilitar a compra do gás.

Aos otários

Existe, também, um aceno para a classe média. Imposto de renda com isenção para quem percebe até R$ 5 mil mensais. Sério que estão achando que isso vai reverter a situação?

Nada disso

Não vai, porque o quadro deteriorou-se por completo. E, além disso, há sempre o aspecto da corrupção. Na maior desfaçatez, na caradura. Estão metendo a mão. Não bastasse essa questão do INSS, desse rombo bilionário, agora vão indicar petistas para a direção da Petrobras. Vejam só.

No ar

As estatais estão dando prejuízo quando estavam no azul na administração anterior! Como explicar? Investindo R$ 1 bilhão de propaganda nas principais estatais: Petrobras, Caixa Econômica, Banco do Brasil, BNDES, Correios, Banco do Nordeste. O Brasil, claro, voltou.

Inês é morta

Mas não há mais espaço para reverter a situação. Por isso, já existe um  convencimento de que Lula da Silva talvez venha abrir mão dessa recandidatura. Quem viria em seu lugar? Janja da Silva, que anda se insinuando? Algum ministro? Ninguém sabe. Agora, a convicção é que Lula da Silva não deseja se despedir da vida pública com uma derrota.

História

Relembrando: o petista perdeu três vezes. Em 89, 94 e 98; para depois ganhar outras três: em 2002, 2006 e 2022. Certamente, a última imagem é a que fica. E Lula da Silva, apesar de ter perdido a expertise de animal político,  em relação a esse aspecto, parece estar consciente.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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