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Posturas diferentes

Por Cláudio Prisco Paraíso
16/01/2025 - 08h32

Assim que foi noticiado na mídia nacional, a intenção de Lula da Silva de trazer o PSD ou o MDB para compor a chapa que ele pretende encabeçar na reeleição de 2026, foi um alvoroço aqui em Santa Catarina. Não da parte do MDB.

A turma do Manda Brasa mergulhou e, consequentemente, silenciou. Mas o PSD, não. Até porque o partido tem um pré-candidato, já apresentado, ao governo do estado, o prefeito João Rodrigues. Diferentemente dos emedebistas, que têm o nome do deputado Antídio Lunelli sempre lembrado. Mas ainda sem definição.

Ele inclusive disputou a convenção em 2022 para concorrer ao pleito, mas foi derrotado pela corrente que garantiu o ex-prefeito Udo Dohler na chapa encabeçada pelo então governador Carlos Moisés.

Hoje, Antídio é lembrado também como o nome para compor a majoritária com Jorginho Mello em 2026. Mas, declarado mesmo, com bloco já na rua, apenas João Rodrigues. Ele já ameaçou inclusive desembarcar do partido, caso o PSD de Gilberto Kassab figure na chapa do atual inquilino do Planalto.

Pacote

A ameaça de João de Rodrigues não é apenas se o PSD indicar o vice de Lula, vale, também, se o partido apoiar o petista. O caminho dele, nestes casos, seria buscar abrigo em outra sigla.

Caminhos

E aí, quais seriam as alternativas para o prefeito chapecoense, o PP progressista ou União Brasil? No PL de Jorginho Mello, seria improvável. No Republicanos, igualmente. A legenda é comandada pelo deputado federal Jorge Goetten, intimamente ligado ao governador.

Em casa

O vice-presidente do Republicanos em SC vem a ser o irmão do governador, Juca Mello. Então seriam apenas duas alternativas. Só que o PP já tem um nome majoritário, Esperidião Amin. O senador mira a reeleição.

Juntos

Esperidião poderia compor com o João Rodrigues, mesmo na condição de correligionário? Sim. Mas se a ideia é agregar os dois no mesmo partido, eles já ocupariam duas das quatro posições. E restaria então O União Brasil a Rodrigues.

Racha

Só que o noticiário nacional desta semana dá conta que o partido, o UB, está rachado e um segmento considerável não deseja candidatura à presidência e sim respaldar Lula da Silva, ignorando olimpicamente as pretensões do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que corre o país na condição de pré-candidato.

Baiano

Há, ainda, ACM Neto, que respalda Caiado e é contra uma aproximação com o PT, além, evidentemente, de um bom número de deputados do União. Do mesmo, não se fala de senadores e nem mesmo de lideranças da União Brasil, especialmente quando olhamos para o Norte e o Nordeste, onde alegam que apoiar Lula representaria um crescimento maior do partido do que buscar uma candidatura própria na figura de Caiado.

Descarte

Então, João Rodrigues já não teria o União como opção.  Ou seja, tanto o União quanto o PSD andam sem saber pra onde caminhar. Além do próprio MDB. Onde tiver uma canoa, eles colocam um pé, um dedo, um joelho, seja o que for.

Tripé

Será que os três partidos vão liberar geral? O PSD e o MDB não têm candidatos viáveis? Ratinho Júnior, do Paraná, pelo PSD, não seria uma opção? Ele vai ao Senado. Está na cara. E o MDB teria Simone Tebet, mas ela é ministra do planejamento de Lula. Quando muito poderia compor de vice. Ela disputou a eleição passada e ficou em terceiro lugar.

Embaralhado

O quadro está absolutamente indefinido. E o desfecho presidencial vai influenciar nos estados. Nesse momento, João Rodrigues não sabe muito bem por onde vai caminhar em 2026, considerando-se que aqueles partidos alternativos ao PSD poderão estar também na mesma balada dos seus atuais correligionários.

Os cenários para 2026

Por Cláudio Prisco Paraíso
15/01/2025 - 08h06

O Paraná Pesquisas fez levantamento ampliado da perspectiva eleitoral 2026 na disputa presidencial com uma dezena de cenários. Quando se avaliou o segundo turno, a pesquisa restringiu-se a Lula da Silva com alguns outros adversários conservadores. Chamou a atenção que em apenas um cenário, de segundo round, Bolsonaro venceria Lula da Silva.

Em todas as outras alternativas, o atual presidente da República derrotaria seus oponentes. Sejam eles, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior, Ciro Gomes, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal, Gustavo Lima, sertanejo que também já se apresenta como alternativa, e por aí vai. O curioso é que isso ocorre mesmo com o Instituto aferindo que 42% dos brasileiros reprovam a gestão do petista e apenas 33% a aprovam.

Percebe-se que a figura Lula da Silva, o messiânico pai dos pobres, que é o presidente que mais bem tratou os ricos retratados nos banqueiros, ainda é competitiva. O governo vai mal, mas ele não vai tão mal assim. Então, é uma candidatura que não pode ser ignorada. Até porque a esquerda não tem outras opções.

Sem musculatura

Nomes como Camilo Santana, senador eleito pelo Ceará, hoje à frente do Ministério da Educação, ou Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, deputada federal pelo Paraná, não fazem nem cócegas na pesquisa.

De fora

O colunista não entendeu, aliás, porque não colocaram o nome do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, duas vezes governador da Bahia, que elegeu o sucessor contra ACM Neto, entre os presidenciáveis. Afinal de contas, estamos falando daquele estado que é o quarto maior colégio eleitoral brasileiro. Mas enfim, o fato é que Lula é um nome, não só do PT quanto da esquerda.

Liderança

Não tem ninguém que o suplante. Agora, o que há de se observar é a questão relacionada à situação econômica. A expectativa dos economistas mais respeitados e abalizados do país sinaliza para um segundo semestre preocupante.

Tempestade

Projeta-se o famoso estouro da boiada, formado por gastos públicos, descontrole fiscal, dívida pública nas alturas, início do desemprego, escalada inflacionária, dólar a R$ 7, R$ 7,50, ou seja, lá em 2026 o quadro poderá estar desesperador.

Mega sena

Por outro lado, é bom lembrar que Lula tem muita sorte. Lá em 2006, quando buscava a reeleição, chamuscado com o mensalão, houve um fato novo das commodities, o Brasil deu uma guinada e ele conseguiu não apenas se reeleger, mas eleger Dilma e reelegê-la na sequência.

Vivinho da Silva

Então, não dá mais para dizer que Lula está morto. Até porque, vale lembrar que, em 2005, o então presidente nacional do PFL, o catarinense Jorge Konder Bornhausen deu uma declaração, afirmando que não era necessário impedir Lula e sim deixá-lo sangrar em praça pública. O petista acabou reeleito. Erro histórico.

Era PT

A partir daí, ficou mais quatro anos no comando e Dilma outros seis. Ela foi degolada no meio do segundo mandato. O nome de Bolsonaro foi testado nesta pesquisa do Paraná, mas ele está inelegível e é pouco provável que reverta essa situação.

Reeleição

Tarcísio de Freitas já está decidido pela reeleição. Só pensará em presidência em 2030, uma vez reconduzido à proa do maior estado brasileiro.

Goiano

Então, o nome da direita parece ser realmente o de Ronaldo Caiado. Quem sabe com o mineiro Romeu Zema de vice, na condição de representante do Sudeste. E com o apoio de duas figuras proeminentes nas redes sociais e no mundo artístico como Pablo Marçal e Gustavo Lima, o que poderia criar uma leve perspectiva de segundo turno. A conferir.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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