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O nome conservador

Por Cláudio Prisco Paraíso
11/04/2025 - 08h33

Ainda no início desta semana, apreciamos o quadro presidencial no contexto dos partidos conservadores. O articulista afirmou que Tarcísio de Freitas é um nome natural diante da condição de inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

Injusta, é claro, mas que está posta e da qual não haverá reversão. Ante tal circunstância, qual seria a forma de manter unida a direita? Basta Bolsonaro declarar apoio ao governador de São Paulo. Simples assim.
Não só pela sua performance como homem público, testado no Ministério da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, com grande desempenho, mas também agora como governador do maior estado da federação.
O que falta é Bolsonaro tirar da cabeça a ideia maluca de lançar um representante familiar à presidência. Não importa, se for Michelle ou um de seus filhos. Ele precisa cravar em torno do nome de Tarcísio.

Sul e Sudeste

A partir daí, automaticamente os outros três nomes especulados e colocados como alternativas viriam para uma composição. Estamos nos referindo aos governadores reeleitos de Goiás, do União Brasil, Ronaldo Caiado; do Paraná, Ratinho Júnior, PSD; e finalmente Romeu Zema, de Minas Gerais; do Novo.

Composição

A tendência seria o Caiado ou Zema como vice. Até porque Ratinho ainda é muito jovem e tem uma situação excepcional para concorrer ao Senado. Zema, pelo seu perfil empresarial, não deseja uma posição no Legislativo.

Experiente

E Caiado já foi senador, além de cinco vezes deputado federal. Logo após essa apreciação neste espaço, chega a notícia, de Brasília, na voz de Ciro Nogueira, senador do Piauí que comanda o PP no Brasil, de que ministros do próprio governo Lula já admitem, nos bastidores, que, se o candidato vier a ser Tarcísio de Freitas, o atual inquilino do Palácio Planalto não vai à reeleição.

Melhor nome

Por aquilo que temos dito aqui e reiterado inúmeras vezes: Tarcísio tem perspectiva de crescimento porque formula com competência políticas públicas e as sustenta com uma desenvoltura verbal invejável.

Colosso

E outra, que já reiteramos aqui também. São Paulo representa 23% do eleitorado. Isso representa quase um quarto dos votantes brasileiros. Ou seja, é um eleitorado estratégico, aliás, base original do próprio PT e do próprio Lula.

Receio

Então, se Bolsonaro tiver juízo, fecha com Tarcísio e a direita já vai fechada no primeiro turno e talvez obrigue o PT a buscar uma solução alternativa, porque Lula não vai querer perder a eleição no encerramento da sua vida pública.

Derrotas e vitórias

A deidade vermelha já havia perdido três pleitos. Em 1989, para Collor de Mello, em 1994 e 1998 para Fernando Henrique Cardoso. Depois ganhou duas, elegeu sua pupila Dilma Rousseff em outras duas e “ganhou” agora.

Sem chances

Vai coroar, entre aspas, a sua carreira pública com uma derrota? Daí teria que empurrar dois de quatro ministros especulados como alternativa para compor a chapa presidencial. São eles: Fernando Haddad, Rui Costa, Camilo Santana e Gleisi Hoffmann.

O Porto aparelhado

Por Cláudio Prisco Paraíso
10/04/2025 - 09h07

Cantamos a pedra aqui, lá no início de janeiro, quando vaticinamos o que era uma estratégia para tomar conta do Porto de Itajaí e empregar a companheirada do PT.

Estava na cara não apenas uma vingança político-eleitoral. Afinal, o prefeito eleito é do PL, correligionário do governador Jorginho Mello, que derrotou Décio Lima por 72% a 28% na disputa pelo governo no segundo turno de 2022.
Robison Coelho teve uma vitória consagradora num pleito em que o PT sequer lançou candidato a prefeito em Itajaí. Então, a ideia, além de dar um troco pela via administrativa aos liberais Jorginho e Robison, também é uma forma de ocupar espaço administrativo.
Sim, o Porto de Itajaí foi federalizado, mas os cargos comissionados foram preenchidos, esta semana, por vermelhos locais.

Chefão

À frente, como o todo-poderoso do Porto, o advogado João Paulo Tavares, que já foi candidato pelo PT à prefeitura, e hoje é intimamente ligado ao presidente nacional do Sebrae, Décio Lima. Previsível.

Cabideiro

E agora, evidentemente, o PT, com isso, procura se reestruturar na cidade, na expectativa de, quem sabe em 2028, lançar um candidato.

Rejeição

Mas, o PT em Santa Catarina não se cria, de nada adianta, apenas acomoda os companheiros petistas. Porém, perspectiva eleitoral, zero. O PT administrou uma única vez Itajaí. Foi pelas mãos de Volnei Morastoni. Isso lá em 2004, porque depois em 2008, Jandir Bellini voltou à Prefeitura. E reelegeu-se em 2012.

Passagem

Foi no período de Volnei, prefeito petista, a única experiência do partido na cidade. Décio Lima foi superintendente do Porto depois de dois mandatos de prefeito de Blumenau. Terminal que ele agora federalizou.

Lançando luzes

Trocando em miúdos, na última eleição ficou tudo muito claro. O PT elegeu sete prefeitos de cidades de pequeno porte, seis no Oeste e uma no Sul do estado.

Grotas

Não conseguiu fazer um prefeito sequer numa cidade de médio porte. É um partido fadado ao insucesso eleitoral, e de nada adianta assumir o porto imaginando que isso vai irradiar poder, pelo menos regionalmente, devido à influência do terminal de cargas. Chance zero.

Sempre ele

O PT, em 2026, no próximo ano, pode até lançar Décio Lima ao governo novamente. Maravilha. Vai de novo bater na trave. Só que dessa vez não vai para o segundo turno porque a eleição tem tudo para ser liquidada no primeiro round.

Teto

Num contexto em que a esquerda e o PT somados devem bater no teto de 20% dos votos em Santa Catarina.

Restrição

Se não bastasse isso, vão continuar com essas bancadas aí na Assembleia e na Câmara, de quatro estaduais, um ou dois federais. Para o Senado, mesmo quando duas vagas vão estar disponíveis, nenhuma perspectiva eleitoral. O eleitorado catarinense quer distância da esquerda, do PT e de Lula.

Bolha

Então, a farra que estão fazendo no Porto de Itajaí, ela se esgota no próprio espaço administrativo da autarquia, agora federal, sem qualquer desdobramento no campo político. Ou mais precisamente eleitoral.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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