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A encruzilhada de Jorginho

Por Cláudio Prisco Paraíso
04/12/2024 - 08h25

Inferno astral. É assim que podemos definir o momento vivido por Jorginho Mello. E olha que, em 7 de outubro, ele saiu extremamente fortalecido das urnas. Afinal de contas, elegeu 90 dos 295 prefeitos catarinenses, mas a mão pesada no processo eleitoral acabou gerando descontentamentos e desdobramentos traumáticos em alguns partidos, como o próprio MDB, que foi suplantado pela primeira vez nas últimas décadas por outro partido.

Mas tudo bem, o MDB participa do governo, na figura do deputado estadual licenciado Jerry Comper, à frente da Infraestrutura. Antes mesmo do pleito municipal, Jorginho Mello já havia convidado Antídio Lunelli para a Agricultura. E voltou à carga. O deputado acabou concordando e aí surgiu a possibilidade de uma terceira pasta no primeiro escalão, que seria para Carlos Chiodini.

Mas a expectativa era de que ele fosse contemplado com uma secretaria que ficasse mais de acordo com o seu tamanho político, de um deputado federal que no próximo dia 9 de dezembro reassume a presidência estadual do partido, além de ser o vice-presidente do MDB nacional. Mas não.

Meio Ambiente

Na segunda-feira, Jorginho Mello, diante do próprio Chiodini e de Antídio, reafirmou que a oferta para o deputado federal convergia na direção da Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde, o que gerou um profundo desapontamento nos parlamentares emedebistas, que saíram do encontro decepcionados.

Ágape

Na terça-feira teve a tradicional reunião-almoço da bancada estadual do MDB. Entre uma garfada e outra, Antídio vai relatar a conversa.

Alesc

O deputado, que também perguntou para o governador sobre os dois anos prometidos por ele próprio aos emedebistas à frente da Assembleia Legislativa.

Presidência

Sim, porque as notícias dão conta de que várias bancadas estão fechando com Júlio Garcia, do PSD. E o governador disse que não iria se meter na eleição de outro poder. Ou seja, recuou do compromisso assumido lá atrás.

É o que tem

Além do mais, também não deu espaço para ofertar uma secretaria alternativa para Carlos Chiodini. O clima é de muita insatisfação entre os emedebistas. Chiodini não vai aceitar essa secretaria, de modo que o MDB vai ter que avaliar a situação porque Antídio também tomou conhecimento de que, além de não poder nomear os novos dirigentes das empresas vinculadas à Agricultura, como Epagri e Cidasc, nem mesmo o adjunto ele poderá escolher.

Definição

O governador já apresentou o nome da Epagri para ocupar a posição. Então, o quadro realmente começa a provocar uma certa preocupação porque os emedebistas estão percebendo que o governador não está os tratando com a devida atenção.

Usa e joga fora

A sensação que fica é que Jorginho quer apenas usar o MDB para reforçar sua base de sustentação na Assembleia, contando, ainda com a expectativa de ter o MDB no seu projeto de reeleição.

Proa

Só que o governador não está fazendo os movimentos em torno de um projeto com a efetiva participação do MDB. Simplesmente está dando à secretaria, mas nem o adjunto o titular pode escolher, como já acontece hoje com a Infraestrutura. E a terceira secretaria, ofereceu uma pasta menor, sem importância, sem relevância, sem protagonismo, para alguém que preside o partido no Estado.

Contexto

De modo que o MDB está reavaliando o quadro. E, como não percebe da parte do governador a intenção de uma real participação do MDB na gestão, não está descartada a hipótese do Manda Brasa bater em retirada do governo, deixando de integrá-lo.

Pega na mentira

Por Cláudio Prisco Paraíso
30/11/2024 - 09h24

Mais um factoide do governo Lula, agora no contexto econômico. Foram semanas, até mesmo meses, de seguidos adiamentos no que diz respeito ao corte de gastos que vinha sendo prometido pelo governo federal para tentar arrumar a casa e segurar o estouro da boiada.
Afinal, a dívida pública está absolutamente fora do controle. Mas o que se viu, esta semana, em Brasília, foi um ministro da Fazenda anunciando, segundo o próprio O Globo, jornal sabidamente engajado na causa ditatorial do consórcio, em editorial, um pacote tímido e insuficiente no que diz respeito ao plano de controle de gastos.
O veículo de comunicação, tradicionalmente atendido pelo governo Lula, com fartas verbas publicitárias, chegou a dizer que o governo demorou para apresentar proposta com medidas requentadas, sem nenhuma mudança estrutural efetiva.

Ah, tá

E foi além. Disse também que a pressão inflacionária é uma consequência natural na medida em que a moeda brasileira, o Real, a cada dia se enfraquece e é desvalorizada. O mercado reagiu com mau-humor a ponto de colocar o dólar a R$ 6, patamar jamais visto na história.

Até parece

Ah, mas o mercado é contra o governo Lula! Nada disso. Nem o governo Lula é contra o mercado. Aliás, ele e seus camaradas sabem muito bem-fazer o jogo do mercado, dos banqueiros. No discurso, ele se apresenta como o pai dos pobres para fazer média com aquela população mais desfavorecida. Mas, na verdade, o anúncio de ontem é uma falácia e um verdadeiro engodo.

Estratosfera

Claro, porque diante da situação posta, com os juros que vão continuar nas alturas. Teremos impacto na renda, no emprego, no investimento e, consequentemente, no desaquecimento da economia. É o tal ciclo vicioso.

Bolso alheio

Por que tanto o mercado quanto a opinião pública estão com o pé atrás, mas o que efetivamente o governo fez? Cortou na própria carne? Negativo.

Abismo financeiro

A gastança continua, o estouro da boiada está aí e o que se presencia são gastos exorbitantes pelo paquiderme que é o governo Lula. Não só nas viagens, mas nos gastos da máquina. E o mercado não tolera isso.

Fora dessa

Isso afugenta investimentos externos, é uma cadeia que, somada à chegada da inflação faz com que o poder aquisitivo do brasileiro seja aniquilado e isso já fica evidenciado nessa última pesquisa do Instituto Paraná, uma pesquisa abrangente, uma pesquisa ampla, mostrando um cenário futuro, mas também fazendo uma avaliação do governo Lula.

Reprovado

A pesquisa foi concluída na última segunda-feira com mais de duas mil amostras nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. O governo do petista está com uma reprovação de 54%.

Até ele

Jair Bolsonaro, numa disputa de segundo turno com o atual presidente, está três pontos à frente. O ex-presidente, vale lembrar, está inelegível. Mesmo assim, no contexto regional, Lula perde para Bolsonaro em todas as regiões, com exceção do Nordeste. Ali é o seu curral eleitoral. Já no Sul do país, Santa Catarina, incluída, é de lavada a vantagem de Bolsonaro. E não só de Bolsonaro.

Alternativas

Quando o cenário é substituído com outras candidaturas, seja de Michelle Bolsonaro, seja de Tarcísio de Freitas, ou mesmo Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado ou Romeu Zema, a alma mais honesta deste país perde tanto no Sul quanto no Sudeste, além do Norte e do Centro-Oeste.
Ou seja, disparou o alarme, o alerta, no governo Lula. E ainda mais com os anúncios de ontem, as perspectivas são periclitantes.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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