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Trem desgovernado

Por Cláudio Prisco Paraíso
28/05/2024 - 10h46.Atualizada em 28/05/2024 - 10h46

O desgoverno Lula da Silva parece mais perdido do que cego em tiroteio. Fernando Haddad faz um grande esforço para imprimir um ritmo de política econômica, ainda inexistente, embora o governo já tenha um ano e meio.

Mas ele parece quase sozinho nessa direção. O principal adversário é o próprio governo. E não são aliados, são correligionários petistas.

Ele tem a parceria da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é do MDB. Ela também tenta conter o rombo, a gastança, o estouro da boiada que está aí com prejuízos bilionários para todos os lados. Mas daí vem a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, e critica Tebet publicamente.

Voz rouca

A mídia nacional deixa evidenciado que sempre que a petista se posiciona dessa maneira, ela estaria retratando o próprio sentimento do presidente da República.

Sabotagem

Então, Lula está sabotando o próprio ministro da Fazenda que ele escolheu, contrariando as expectativas do mercado? Haddad já declarou que não sabe nada de economia. Mesmo assim, até que está se havendo satisfatoriamente. A Avenida Faria Lima está satisfeita com sua atuação, mas muito incomodada com o governo.

D ao cubo

Uma gestão que acelera nas despesas, déficit e dívida. É gasto ao cubo. Ah, mas o compromisso desse governo, que não tem política econômica estabelecida, é o crescimento econômico, implementar programas sociais.

Lorotas

Tudo balela, demagogia, conversa mole. Na formulação desse governo, é o poder público com recursos públicos, que só tem uma origem, através dos pagadores de impostos, quem impulsionaria o crescimento. Ocorre que estamos vivenciando uma farra sobre o dinheiro público.

Poço sem fundo

O que é um equívoco absurdo. O governo precisa ser enxuto, reduzir esse paquiderme estatal e com uma base de impostos menor, permitir que o setor produtivo, empresarial, promova o desenvolvimento.

Condicionante

Pra isso, é preciso que se dê as condições para quem trabalha e produz. O Congresso já derrubou o veto presidencial sobre desonerações da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Sem descanso

Com o veto derrubado, eles recorreram ao STF. Esta semana, vão tentar voltar ao tema via Medida Provisória, ou seja, mais uma canetada. Loucura, desatino. Não há melhor programa social do que a geração de emprego, que é, por si só, uma perspectiva de desenvolvimento social.

Bolsa voto

Mas o PT quer o desemprego para dar migalhas ao povo em troca de votos. A situação é muito delicada. Se não bastasse tudo isso, essa balbúrdia, observam-se vários ministros se enfrentando nos bastidores, um querendo desestabilizar o outro.

Biruta de aeroporto

É um desgoverno completamente perdido. Realmente caminha a passos largos para a instabilidade, levando o país a uma crise institucional. Daí volta a se especular, em Brasília, sobre a possibilidade de um pedido de impeachment contra Lula da Silva.

Sinais de fadiga

Por Cláudio Prisco Paraíso
25/05/2024 - 09h02.Atualizada em 25/05/2024 - 09h02

Não é novidade para ninguém o potencial eleitoral de Jair Bolsonaro em Santa Catarina. Tudo começou em 2018, quando ele se lançou candidato à Presidência como azarão e conseguiu canalizar o sentimento e o voto antipetista. Algo que Geraldo Alckmin e tantos outros não conseguiram fazer.
Naquele pleito, o poste Fernando Haddad – Lula da Silva estava preso e inelegível – polarizou com Bolsonaro, filiado ao extinto PSL, que levou a melhor.

A onda foi tão forte que, em Santa Catarina, o PSL elegeu um coronel dos Bombeiros da reserva, um ilustre desconhecido, Carlos Moisés da Silva, como governador do Estado.

Por apenas 18 mil votos, Bolsonaro também poderia ter eleito o jovem ex-vereador de Tubarão, Lucas Esmeraldino, ao Senado. 

Mas, além do governador e da vice, Daniela Reinehr, Bolsonaro também elegeu seis deputados estaduais e quatro federais. Considerando-se o governador e a vice, foram 12 mandatos.

Nem aí

Ele foi presidente da República e não deu muita atenção administrativa a Santa Catarina com a “preciosa” contribuição de Moisés da Silva, que se afastou de Jair Bolsonaro logo depois da eleição. Inclusive com críticas ao então presidente na mídia nacional.

História recente

Chegamos a 2022. A dúvida era se haveria um repeteco de 2018 ou se seria ainda maior a onda conservadora. E assim o foi. Jorginho Mello acabou eleito governador. Até com certa facilidade. Tem muita experiência e longa história de mandatos. Foi vereador, quatro vezes deputado estadual, tendo sido presidente da Alesc; conquistou dois mandatos de federal e, em 2018, elegeu-se senador também na onda Bolsonaro.

Ligações

Tanto Jorginho como Esperidião Amin de alguma maneira foram favorecidos por Bolsonaro. Amin, porque era muito próximo dele – cumpriram três mandatos de deputado federal juntos. E Jorginho, porque trazendo Magno Malta indiretamente, se vinculou ao ex-presidente.

Duas dezenas

Além do governador e da vice, eleitos na onda novamente há um ano e sete meses, também foi eleito o senador Jorge Seif na majoritária, tendo sido ungido como um filho, o 06, pelo líder conservador. Levou quase 1,5 milhão de votos. Na proporcional, foram eleitos na onda conservadora 11 estaduais e seis federais. Estamos falando de 20 mandatos, todos vinculados ao ex-presidente.

Lacuna

E em 2020, no meio do mandato de Bolsonaro, ele não interferiu no pleito, até porque estava no meio do exercício da Presidência. Não veio para campanha, o que sinaliza que fará agora. Terá tempo pra isso. Qual o grau de influência de Bolsonaro nas eleições municipais do país? Será decisivo? Ou prevalecerão as realidades locais, estaduais?

Conservadorismo

Santa Catarina está na ponta como estado mais bolsonarista, considerando-se os 10 maiores colégios eleitorais do país.

Peso

Contra Haddad, ele fez 76% dos votos no segundo turno e contra Lula foram 70% dos sufrágios. Números nada desprezíveis.

Incógnita

O que se pergunta é o seguinte: Bolsonaro exercerá influência nas eleições deste ano? Já algumas pesquisas apontam que o peso de Bolsonaro neste pleito será pequeno.

Futurologia

E em 2026, quando estará há quatro anos inelegível e sem mandato? Em 2018, ele encarnou o voto antipetista, elegendo-se. Em 2022, como presidente, perdeu, mas tinha o cargo máximo do país.

Saúde fragilizada

Será que agora ele será um cabo eleitoral com capacidade de decidir as eleições? Outro aspecto, Jair Bolsonaro também anda com a saúde abalada, baixando hospital com alguma frequência.

Termômetro

O pleito deste ano, entre tantas outras coisas, irá mostrar também o grau de influência de Bolsonaro, sobretudo nos maiores colégios eleitorais do país, já sinalizando para o processo sucessório nacional e nos estados.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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